Movimento Alternativo Rock

Gostamos de inquéritos — e de música. Decidimos encostar à parede pequenas editoras portuguesas. Eis o Movimento Alternativo Rock (ou apenas MAR, para os amigos e não só)

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Pedro Cunha

João Morgado, David Hinrichs e Bruno Broa (na foto, a contar de baixo para cima) fundaram este colectivo que é editora, associação, promotora e espaço de criativos e de poetas em simultâneo. E o que contam ultimamente? Muito. Já está cá fora "Estranho fruto", o novo disco de Alma Fábrica, e no dia 1 de Novembro chega o videoclipe de "Saudade" do disco de estreia de Pássaro.

Ninguém vos disse que já não se vive da música?

Dizem todos os dias. Acenamos que sim e depois seguimos em frente sem medos.

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Luís Octávio Costa e Amanda Ribeiro têm saudades do inquérito da revista Pública

Escolheram o nome da vossa editora numa noitada de Scrabble?

Quase. Esse mérito pertence ao Paulo Candeias e ao Bruno Broa, que em luminosa e alegre cavaqueira de MSN lembraram-se de juntar as palavras que nos definem melhor na sigla mais salgada de sempre.


Que bandas de outra editora levariam para uma ilha deserta?

Memória de Peixe, obrigando-os a tocar até à exaustão a troco de água de coco, e os Guta Naki, para nos embalarem no lusco fusco.

A vossa editora tem sotaque?

O "mai" lindo de todos... o português.

Quando é que foi a última vez que encheram os bolsos — e o ego?

Não somos pessoas ricas mas somos umas ricas pessoas. E para quem não sabe, o ego também se come de faca e garfo... nesse aspecto o MAR anda de barriga cheia.

Um álbum também se come com os olhos. Quem é o verdadeiro artista?

O Bruno Broa fez uns quantos (o "Estranho fruto" de Alma Fábrica, o "Andar pedido é uma conversa" da Matilha, o "Novecentos" dos MulherHomem, "O meu nome é todas as palavras que conheces" dos Blá Blá Blá, o "Amor lança farpas" dos Alf, e o "Quando a luz muda" do Pássaro); O Quarto Fantasma trata de si, assim como os Nervo, os Alucina e a Rita Cardoso, todos eles artistas da caneta.

Qual é o melhor sítio para ouvir música?

Essa é fácil. Ao vivo! Sempre ao vivo! É a melhor maneira de perceber o que raio se passa na cabeça dos músicos.

E que tal uma piada seca?

Era uma vez um cão que respirava pelo rabo. Um dia sentou-se e morreu.

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