Dow Chemical despede 2400 trabalhadores e fecha 20 fábricas

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Empresa pretende fechar 20 fábricas Foto: Arnd Wiegmann / Reuters

A Dow Chemical, empresa americana que actua na área dos químicos, plásticos e produtos para agricultura, apresentou um plano de reestruturação da empresa, com o qual pretende poupar 500 milhões de dólares, o equivalente a cerca de 384 milhões de euros.

Num comunicado emitido ontem, as medidas anunciadas passam pelo despedimento de aproximadamente 2400 trabalhadores, cerca de 5% da força total de trabalho da Dow Chemical, e o encerramento de 20 unidades fabris localizadas nos Estados Unidos, Bélgica, Holanda, Espanha, Reino Unido e Japão. Com estas medidas, a empresa pretende poupar cerca de 500 milhões de dólares até o final de 2014.

Adicionalmente, a companhia americana tem o objectivo de reduzir os gastos e os investimentos, de modo a poupar mais 500 milhões de dólares. Com os 1,5 mil milhões de dólares que a empresa espera economizar com medidas já iniciadas, a poupança global estimada é de 2,5 mil milhões de dólares (cerca de 1,92 mil milhões de euros).

No comunicado, a Dow Chemical caracterizou a reestruturação a aplicar como “um programa desenhado para acelerar a redução de custos”, justificando que se deve a um contínuo “crescimento macroeconómico lento”.

Portugal não é afectado

Em Abril foi anunciado o encerramento de uma das duas fábricas da Dow Chemical em Portugal, sendo que o processo foi concluído no final de Setembro. Com o fecho, a empresa conseguiu recolocar cerca de metade dos 19 trabalhadores na fábrica de PMDI (material usado na produção de espuma rígida de poliuretano), que na altura “empregava aproximadamente 80% do total de trabalhadores em Portugal”, disse ao PÚBLICO Cláudia Tagliavini, do departamento de comunicação da Dow Chemical Ibérica.


Segundo a responsável, o programa de reestruturação anunciado pela empresa não irá ter impacto na única fábrica agora presente no país, tendo em conta que está “numa época muito boa”. “Estamos com bons resultados”, visto que “temos conseguido vender aquilo que produzimos”. Acrescenta ainda, que prevêem que a procura do mercado pelo PMDI vai aumentar, traduzindo-se num aumento da produção.

Notícia actualizada às 15:24
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