Marcelo Rebelo de Sousa dá meio ano para avaliar se Gaspar tem razão

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O antigo líder do PSD diz ser bom para o país que a coligação durasse até ao final da legislatura Foto: Pedro Cunha

O ex-líder social-democrata Marcelo Rebelo de Sousa considerou esta terça-feira que o Orçamento do Estado para 2013 é um “teste muito forte à coligação” e que, dentro de seis meses, ver-se-á se o ministro das Finanças “tinha razão”.

“Impôs-se a vontade do ministro das Finanças. Sendo o Orçamento que ele quis, corresponde à convicção que ele tem de que esta é a receita adequada para salvar o país, sendo uma receita mais forte, muito mais brutal que em 2012”, considerou.

Em declarações aos jornalistas à margem de uma conferência sobre a proposta orçamental para 2013, entregue segunda-feira no Parlamento, Marcelo Rebelo de Sousa considerou que vai ser possível “dentro de seis meses” avaliar se “o ministro das Finanças tinha razão”.

“Daqui por seis meses, quando soubermos o resultado da execução do Orçamento de 2012, o último trimestre, e a execução dos primeiros três meses de 2013 veremos se esta ideia do ministro Vítor Gaspar é certa ou errada”, afirmou.

Admitindo que a proposta orçamental “não é necessariamente o orçamento que ministros do CDS e do PSD quereriam”, Marcelo Rebelo de Sousa considerou que o documento é “um teste muito forte à coligação”.

“Isso vai começar a ver-se na Primavera do ano que vem, se foi um teste ganho ou um teste não ganho e depois os portugueses terão a palavra determinante no voto para as autárquicas”, disse.

Marcelo Rebelo de Sousa considerou que “seria bom para o país que a coligação durasse até ao final da legislatura”, observando que “as eleições dos Açores mostraram que os dois partidos estão unidos para a vida e para a morte”.

“O PSD pagou uma factura enorme, mas o CDS ainda pagou mais”, disse.

O Governo entregou segunda-feira na Assembleia da República a proposta de Orçamento do Estado de 2013, que prevê um aumento dos impostos, incluindo uma sobretaxa de 4% em sede de IRS.

O orçamento é votado na generalidade no final dos dois dias de debate, 30 e 31 de Outubro.

A votação final está agendada para 27 de Novembro no Parlamento.

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