Nobel reconhece o papel da UE enquanto "maior contribuinte da História para a paz"

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"Este prémio Nobel da paz é para todos os cidadãos europeus", disse o presidente do Parlamento Dominique Faget/AFP

Os presidentes das três principais instituições comunitárias reagiram esta manhã com "emoção" ao anúncio da atribuição do prémio Nobel da paz à União Europeia (UE), considerando que se trata de um reconhecimento merecido da sua contribuição histórica para a paz no Continente.

Este prémio reconhece o papel da UE enquanto "maior obreiro para a paz da história", reagiu Herman Van Rompuy, presidente do Conselho Europeu (que reúne os chefes de Estado ou de Governo) durante uma deslocação a Helsínquia. "A Europa passou por duas guerras civis no século XX e estabelecemos a paz graças à UE", acrescentou, reconhecendo: "Estamos todos muito orgulhosos".

"É uma grande honra para a totalidade dos 500 milhões de cidadãos da UE, para todos os Estados membros e todas as instituições europeias", disse por seu lado Durão Barroso, presidente da Comissão Europeia (o órgão executivo da UE). Para Barroso, a atribuição do prémio "é um reconhecimento justificado de um projecto único que trabalha para o benefício dos seus cidadãos mas também para o benefício de todo o mundo".

"Este prémio Nobel da paz é para todos os cidadãos europeus", afirmou igualmente Martin Schulz, presidente do Parlamento Europeu. "Os valores da dignidade humana, liberdade, democracia, igualdade, estado de direito e respeito pelos direitos humanos são absolutamente fundamentais para a UE (...) e orientam todas as suas actividades", lembrou.

Segundo a porta-voz da Comissão Europeia, Pia Ahrenkilde, ainda não foi tomada nenhuma decisão sobre as modalidades de recepção do prémio, nem sobre o destino dos seus 1,2 milhões de dólares. Essas questões "ainda não foram debatidas nem decididas", mas sê-lo-ão brevemente entre "as três instituições", afirmou.

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