O Vitória de Guimarães é uma equipa que não parece saber ou querer ganhar. Um dilema para o treinador Rui Vitória que vê a sua equipa construir e desperdiçar várias oportunidades. A este aspecto pouco abonatório acrescem ainda alguns erros defensivos que lhe custam caro. Quase foi assim em Coimbra. Os vimaranenses entraram a mandar no jogo, tiveram oportunidades para marcar, incluindo uma grande penalidade. Mas falharam. Ainda assim acabaram por vencer (1-2) perante a uma Académica que foi uma sombra daquilo que já fez esta temporada e que perdeu pela primeira vez. Mas o golo do triunfo minhoto foi, diga-se, irregular.

A primeira grande oportunidade para os vimaranenses apareceu, aos 17’, quando Flávio tocou a bola com o braço e o árbitro assinalou grande penalidade. Mas Toscano permitiu a defesa de Ricardo. Como contrapartida, os homens da casa numa das suas poucas oportunidades, aos 24’, chegaram ao golo: jogada de Afonso, a tirar o cruzamento para Marinho aparecer a colocar a bola no fundo da baliza. A imagem perdulária dos vimaranenses voltou a mostrar-se, aos 33’, quando Soudani, não soube aproveitar um disparate de Flávio para marcar. Seguiu-se um lance de João Ribeiro, aos 38’, que rematou juntinho ao poste.

A segunda parte não teve grandes novidades. Teve mais V. Guimarães e mais desperdício dos forasteiros. O empate, porém, apareceu aos 67’, por Soudani, que aproveitou um cruzamento de Addy da esquerda.

Só depois se viu algo da Académica que poderia ter feito mais. Mas Edinho não estava propriamente nos seus melhores dias.

Aos 88’, contudo, Soudani chegou ao golo e deu o triunfo ao V. Guimarães, após um livre de João Ribeiro. O golo, porém, foi irregular e só aconteceu porque a defesa da Académica ficou a reclamar, com razão, fora de jogo de N’Diaye. O argelino é que não se importou e aproveitou para marcar. O erro do árbitro levou à expulsão de John Ogu.

No final, Pedro Emanuel limitou-se a dizer que como em tudo existem bons e maus árbitros, recusando-se a fazer mais comentários.