Messi e Ronaldo dividiram o jogo e mantêm o duelo na Liga espanhola

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Empate entre Messi e Ronaldo nos golos que marcaram Foto: Albert Gea/Reuters

Lionel Messi e Cristiano Ronaldo dividiram o planeta do futebol em duas metades e decidiram reinar despotivamente, sem espaço para mais ninguém. Desde que o português chegou a Madrid no Verão quente de 2009, os números de ambos não pararam de crescer, 331 golos entre os dois em três anos (170 do argentino para 161 do português). Neste domingo, em Camp Nou, entraram como reis da sua metade e tomaram conta do clássico: dois golos cada, quatro no total no jogo da sétima jornada, 2-2, que encerrou com o duopólio ainda mais bem definido – Messi e Ronaldo levam oito golos cada na Liga espanhola.

Marcou primeiro Cristiano (23’), uma resposta da equipa de Madrid que chegou a Barcelona a oito pontos do líder e a precisar de recuperar. A assistência de Benzema (a quarta nos 13 clássicos em que participou, uma mais que Iniesta em 23) deixou o português na área, que rematou seco de pé esquerdo. Mas o francês, que já tinha falhado uma oportunidade fácil, atirou ao poste numa ocasião ainda mais fácil, desperdiçou o 0-2 e deixou Mourinho furioso.

Na resposta, Messi não deixou passar o erro de Pepe e bateu Casillas (31’). Aí, o argentino fez mais história, superou Raúl (15 golos) como o segundo melhor marcador em clássicos. Com o segundo golo na partida – um livre directo na segunda parte – o camisola 10 “blaugrana” elevou para 17 o seu registo nos confrontos com o Real e está a um do recorde de 18 de Di Stefano.

A meia hora do final, parecia que o Barça tinha o jogo controlado. O hino “Més que un club” era entoado no estádio que se vestiu com a “senyera” (a bandeira da Catalunha) e fez um enorme mosaico ao grito de “independência” ao minuto 17.

Ronaldo, lesionado no ombro depois de um lance em que caiu mal, ainda teve forças para responder à desmarcação de Özil: isolou-se e bateu Valdés (aos 66’, apenas cinco minutos depois do golo de Messi). Cristiano tornou-se o primeiro jogador em toda a história a marcar em seis clássicos seguidos. E, tal como Messi, os únicos que marcaram em cinco consecutivos fora de casa.

Até ao fim, só o remate de Montoya à trave de Casillas pareceu desequilibrar uma partida equilibradíssima entre os dois melhores jogadores do mundo. Dividiram tudo, golos, pontos, protagonismo. No dia 7 de Janeiro será entregue a Bola de Ouro, mas a distinção não porá um fim ao duopólio de Ronaldo e Messi. “Devia ser proibido dizer quem é o melhor jogador do mundo. Eles dois são de outro planeta”, disse Mourinho no final.

Notícia actualizada às 23h16

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