Universidade de Coimbra atribui 164 mil euros para atenuar dificuldades dos estudantes

Apoio visa estudantes que se viram excluídos do acesso a bolsa e, nalguns casos pontuais, prestar auxílio “de emergência” a alunos, sejam bolseiros ou não

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Chegam ao conhecimento dos SASUC situações de alunos com “imensas dificuldades” Nelson Garrido

A Universidade de Coimbra (UC) atribuiu 164 mil euros das suas receitas próprias para apoios neste ano lectivo a estudantes com graves dificuldades económicas, para os ajudar a pagar as propinas, foi anunciado esta segunda-feira. Regina Bento, administradora dos Serviços de Acção Social da Universidade de Coimbra (SASUC), explicou que este apoio visa apoiar estudantes que se viram excluídos do acesso a bolsa e, nalguns casos pontuais, prestar auxílio “de emergência” a alunos, sejam bolseiros ou não.

Quanto à primeira situação concorreram ao apoio 625 estudantes tendo beneficiado dele 423, num montante global de 156.175,83 euros. No âmbito da segunda vertente do Fundo de Apoio Social foi atribuído apoio a 22 dos 55 estudantes concorrentes, num montante global de 7.396,31 euros, adianta uma nota do Gabinete de Comunicação da Reitoria da Universidade. Há estudantes que, pelo facto de os critérios serem mais restritivos, ficaram no limiar da atribuição da bolsa, e situações em que foram excluídos apenas por as suas famílias não terem a situação fiscal regularizada, acrescenta.

O Fundo de Apoio Social, criado há alguns anos pela Reitoria da UC com receitas das propinas, foi este ano reforçado em cerca de 20 mil euros, comparativamente ao ano lectivo passado, dado o aumento das dificuldades económicas verificadas no seio da comunidade estudantil. Segundo Regina Bento, cada um dos 445 estudantes que beneficia deste apoio recebe em média 369 euros, mas com ele apenas se conseguem atenuar as “imensas dificuldades” que chegam ao conhecimento dos SASUC.

No ano lectivo passado, os Serviços de Acção Social da Universidade de Coimbra atribuíram 3.500 bolsas, o que representou um decréscimo de dez por cento face ao ano anterior. Regina Bento adiantou que no actual ano lectivo já deram entrada 4.600 pedidos de bolsa, mas ainda decorrem as candidaturas para os alunos do primeiro ano e colocados na segunda fase.

A Universidade da Beira Interior em Setembro passado anunciou também a criação de um fundo de apoio social para estudantes carenciados que se disponibilizem a prestar alguns serviços à instituição. O montante do apoio a atribuir aos alunos, dos 1.º e 2.º ciclo e mestrado integrado, tem como limite máximo o valor anual da propina, e pode ser disponibilizado “em senhas de refeição ou redução do preço no alojamento em residências da universidade”.

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