CGTP acusa Cavaco, Passos e Silva Peneda de fazerem “tríade” para a concertação social

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Arménio Carlos apresentou medidas para taxar os rendimentos do capital Foto: Nuno Ferreira Santos

O secretário-geral da CGTP-IN, Arménio Carlos, acusou hoje o Presidente da República, Governo e presidente do Conselho Económico e Social de comporem uma “tríade” em relação às propostas que irão apresentar no seio da Concertação Social.

Arménio Carlos referia-se à redução do número de escalões de IRS anunciado pelo Governo para 2013, que segundo alguma imprensa, terá como impacto um corte de meio salário a cada contribuinte.

O responsável sindical acusou o Executivo, em conferência de imprensa hoje em Lisboa, de estar em “conivência” com outras “entidades altamente responsáveis neste país a procurar iludir a opinião pública”.

Arménio Carlos disse mesmo ser “claro” que “existe uma tríade constituída pelo Presidente da República, pelo Governo e pelo senhor presidente do Conselho Económico e Social [Silva Peneda]” que estão “a fazer a descredibilização total do Conselho Permanente de Concertação Social”.

Para o secretário-geral da CGTP-IN, as notícias de hoje, são “mais uma manobra de diversão”, uma vez que o “Governo não abandonou a intenção de atingir os mesmos objectivos, ou seja, chegar aos bolsos dos trabalhadores, dos reformados e dos pensionistas por uma outra via seguindo outras medidas”.

Arménio Carlos – que apresentou uma série de medidas para taxar os rendimentos do capital, implicando uma receita de cerca de seis mil milhões de euros para o Estado – disse que Pedro Passos Coelho “continua a apostar em mais austeridade e em mais sacrifícios para quem trabalha”.

Referindo-se às medidas que eventualmente serão apresentadas pelo Executivo na reunião do Conselho Permanente da Concertação Social na próxima segunda-feira, o secretário-geral da Intersindical observou que “está em marcha” e a ser preparado “às escondidas em gabinetes muito especiais mais duas medidas” que “não se corta na despesa”.

Arménio Carlos adiantou não haver “seriedade” quando há “troca de impressões, negociações e envolvimento de um conjunto de parceiros sociais no sentido de procurarem enganar os trabalhadores e a população”.

Para o responsável sindical, a denominada “tríade” está a arranjar uma forma de, na segunda-feira, “com pompa e circunstância”, apresentar uma proposta que “eles já próprios cozinharam e eles próprios negociaram para fazer o frete ao Governo”.

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