Recessão vai destruir mais de 55 mil empregos em 2013

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Economia chegará ao final deste ano com menos 202 mil empregos Paulo Pimenta

Queda do emprego será o dobro da prevista no próximo ano. Mais de 55 mil empregos serão destruídos. Governo acredita que as alterações na Taxa Social Única (TSU) vão impedir um cenário ainda pior.

As novas previsões constam do documento das “Grandes Opções do Plano 2013”, que foi ontem aprovado em Conselho de Ministros e a que o PÚBLICO teve acesso.

O Governo prevê agora uma queda do emprego de 1,2% em 2013. Segundo os últimos números do Instituto Nacional de Estatística (INE) sobre a população empregada relativos ao segundo trimestre deste ano, esta redução equivalerá à perda de cerca de 56 mil empregos no próximo ano.

As últimas previsões, relativas à quarta avaliação da troika, apontavam para uma quebra do emprego de praticamente metade: -0,7%. Do mesmo modo, foram também ligeiramente revistas as projecções para o número de postos de trabalho perdidos este ano. Em vez de uma queda de 4,2%, o emprego deverá recuar 4,3% este ano: ou seja, serão destruídos cerca de 202 mil postos de trabalho.

As novas previsões do emprego para o próximo ano decorrem da revisão em baixa das projecções para a economia. Em vez de um crescimento tímido de 0,2%, o Governo está agora a prever uma recessão de 1% em 2013.

"Apesar da deterioração da actividade económica, os seus efeitos desfavoráveis sobre o emprego e o desemprego serão contidos - em 2013 - em particular pelos efeitos positivos da desvalorização fiscal prevista", diz o Executivo nas GOP. Ou seja, o Governo acredita que a perda de emprego só não será maior graças à redução da TSU paga pelas empresas, que terá como contrapartida o aumento das contribuições dos trabalhadores para a Segurança Social.

Nas estimativas do Executivo, a aplicação da medida de desvalorização fiscal permitirá aumentar o emprego em cerca de 1% ao fim de dois anos, ou seja, cerca de 50 mil postos de trabalho.

Notícia corrigida às 18h09 Onde se refere a previsão de destruição de 202 mil postos de trabalho em 2012 escreveu-se incorrectamente "202 postos de trabalho".

 

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