Crescimento das exportações abrandou em Julho

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A entrada de bens baixou em Julho 6,2% Foto: Miguel Manso

O ritmo de crescimento das exportações desacelerou em Julho, mês em que houve uma subida de 6,8% na saída de bens nacionais face ao mesmo mês de 2011, impulsionada pela saída de automóveis, máquinas e metais comuns para países de fora da União Europeia (UE).

De acordo com dados divulgados esta segunda-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), as exportações totalizaram 4034 milhões de euros, perto de dois terços em bens com destino a países da UE (2835 milhões de euros). O aumento das exportações para o mercado intracomunitário sofreu um forte abrandamento em Julho. Em relação ao mesmo mês do ano passado, houve um aumento de apenas 0,6% no valor das exportações.

O grande impulso da subida de bens nacionais para o mercado externo foi dado pelos países extracomunitários, com uma subida de 24,9% (para 1199 milhões de euros) que ajudou a compensar o abrandamento nas exportações para a UE. Neste caso, registou-se uma aceleração das exportações em relação a Junho, mês em que o crescimento homólogo da saída de bens fora de 15,2%.

Esta evolução positiva no mercado extracomunitário, sublinha o INE, é sustentada pelas exportações em três segmentos: veículos e outro material (uma das contribuições foi a saída de automóveis de passageiros para o mercado chinês), máquinas e aparelhos, e metais comuns.

A entrada de bens baixou em Julho 6,2%, para 4601 milhões de euros, o que está ligado à diminuição das importações de automóveis de passageiros e de acessórios dos veículos do mercado intracomunitário. Ao mesmo tempo, pesou a quebra nas importações de combustíveis minerais (sobretudo gás natural) e de produtos agrícolas de países de fora da União Europeia.

Fazendo as contas aos sete primeiros meses do ano, as exportações cresceram 9% e as importações recuaram 5,6%. O presidente da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), Pedro Reis, considerou em comunicado ser importante os mercados e os parceiros comerciais de Portugal terem uma percepção positiva sobre a capacidade do país em “ultrapassar a crise e voltar a crescer, sobretudo num contexto de abrandamento global da actividade exportadora em outros países”.

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