Descobertas novas populações da rara borboleta-azul

Entre Julho e Agosto, centenas de pequenas borboletas-azuis invadem os lameiros do Alvão. Estão prontas para voar, e em mais locais do que se julgava, descobriram investigadores

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Em 2011, foi encontrada uma nova população da borboleta-azul na serra de Montemuro DR

Centenas de pequenas borboletas-azuis invadem os lameiros do Alvão entre Julho e Agosto. Durante vários meses, estes animais viveram debaixo da terra, em formigueiros, sob a forma de lagartas. Agora estão prontas para voar. Em mais locais do que se julgava, descobriram investigadores portugueses.

Portugal é o limite-sul da borboleta-azul ("Phengaris alcon", anteriormente conhecida como "Maculinea alcon"), que se espalha pela Europa. Até recentemente, a distribuição populacional da rara e ameaçada borboleta era limitada ao Parque Natural do Alvão. Em 2011, foi encontrada uma nova população na serra de Montemuro e criada uma micro-reserva com 3500 metros quadrados para a ajudar a sobreviver.

Neste Verão, os trabalhos de campo revelaram novas surpresas. "Durante os trabalhos de preservação dos lameiros e das turfeiras [no âmbito do projecto Life Higro] foram encontradas novas populações de borboleta-azul em Afonsim, no concelho de Vila Pouca de Aguiar, e na serra d"Arga", disse ao PÚBLICO Paulo Lucas, do Grupo de Trabalho de conservação da natureza da Quercus, responsável pela iniciativa.

Esta descoberta foi, na sua opinião, uma boa notícia. "O projecto, que começou em Setembro de 2010 e terminará em Dezembro de 2013, não é dirigido unicamente à borboleta-azul, mas pretende conservar e restaurar habitats prioritários, reconhecidos pela União Europeia, e que estão em perigo de desaparecer com o aumento das temperaturas", contou. "Mas a borboleta-azul é extremamente importante. É um indicador fundamental da boa qualidade destes habitats", acrescentou.

Lê o artigo completo no PÚBLICO.

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