Presidente do Tribunal de Contas critica valores das transferências de Hulk e Witsel
O presidente do Tribunal de Contas da Rússia, Serguei Stepachin, criticou a aquisição de Hulk e Witsel pelo Zenit, defendendo que as autoridades russas devem limitar o preço a pagar pelos jogadores.
“Para o Zenit, a aquisição de dois super-jogadores é positivo, mas isso nada trará de útil ao futebol russo”, afirmou Stepachin.
O político, conhecido pelas suas fortes ligações ao futebol e particularmente ao Dínamo de Moscovo, advertiu que decorre “não uma competição de jogadores, mas de clubes ricos”.
“No nosso país há três ou quatro [clubes ricos]. Dentro em breve, os títulos serão disputados apenas pelos clubes ricos”, acrescentou Stepachin.
Segundo o presidente do Tribunal de Contas da Rússia, “deverão ser elaboradas normas que limitem despesas colossais dos clubes de futebol”, concluiu.
A imprensa russa não é unânime na avaliação nas transferências. Quanto a Hulk, escreve que este jogador pode ter custado entre 60 e 80 milhões, enquanto que Witsel terá custado 40 milhões.
As transferências de Hulk e de Witsel estão a provocar fortes expectativas no mundo desportivo russo e principalmente no Zenit e entre os adeptos deste clube russo.
Na segunda-feira à noite, quando o Zenit anunciou oficialmente a aquisição do avançado brasileiro ao FC Porto, o site do clube de São Petersburgo “entupiu”, pois nele tentaram entrar cerca de 200 mil pessoas.
“Era muito importante para os adeptos e analistas desportivos saber se, num só dia, iam ser batidos dois recordes no mercado russo de transferências”, declarou à Lusa, por telefone, um dirigente do Zenit.
Vyacheslav Malafeev, guarda-redes do Zenit e da selecção russa, foi o primeiro a saudar a transferência de Hulk.
“Amigos, grandes novidades! Hulk transferiu-se para o Zenit! Urraaa! Isto é outra coisa. Bem-vindo!”, escreveu Malafeev na sua conta na rede social Twitter.
Hulk irá jogar com o número 29, que, na época passada, pertencia a Andrei Arshavin, um dos mais conhecidos jogadores russos.
O brasileiro pretendia o número doze, o mesmo que usou no FC Porto, mas foi-lhe recusado pois esse é o número simbólico dos adeptos do Zenit.