Antiga fábrica de vidro vai acolher uma creche e sedes de associações

Treze anos depois de a Ivima ter fechado e deixado centenas de pessoas no desemprego, o edifício vai receber 84 crianças

A antiga fábrica vidreira Ivima, na Marinha Grande, vai acolher uma creche social que irá funcionar 24 horas por dia, disse ontem à agência Lusa a vereadora da autarquia responsável pelo pelouro da Intervenção Social. "É um dos equipamentos que fazem falta no concelho. Também pretende dar resposta a muitos pais que na Marinha Grande trabalham por turnos", explicou a vereadora Cidália Ferreira.

A autarca adiantou que o novo equipamento escolar, com capacidade para 84 crianças, será instalado num antigo edifício da Ivima, que foi doado ao município em Outubro de 2011 pela empresa Barbosa & Almeida e que já está a ser objecto de obras financiadas pela autarquia.

"O edifício, que tem uma área considerável, irá ainda albergar sedes de associações que trabalham na área social", acrescentou a vereadora Cidália Ferreira.

"Temos tido reuniões com a Segurança Social e o processo está bem encaminhado. A ideia é iniciar com um horário normal e depois realizar acordos atípicos para concretizar esta intenção da autarquia em ter a creche a funcionar 24 horas por dia", frisou. A gestão da creche ficará a cargo de uma instituição particular de solidariedade social, a Adser II - Associação para o Desenvolvimento Económico da Região da Marinha Grande.

A antiga fábrica, que já está a ser alvo de obras de requalificação desde o final de 2011, foi emparedada em 2006, mas chegou a servir durante alguns anos como local de tráfico de droga e de refúgio de toxicodependentes.

A vidreira Ivima foi fundada em 1894 através da sociedade Empresa da Nova Fábrica de Vidros da Marinha Grande e assumiu-se durante perto de um século como uma das mais prestigiadas empresas de cristalaria do país, chegando a ter mais de um milhar de trabalhadores ao seu serviço. Quando foi encerrada, em 1999, tinha cerca de 300 trabalhadores.

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