Incêndio descontrolado em Málaga deixa milhares de pessoas desalojadas

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Algumas frentes de incêndio não estão ainda controladas Jon Nazca

Milhares de pessoas foram desalojadas devido a um grande incêndio florestal que está a afectar várias zonas da região espanhola de Málaga (Coín, Alhaurín el Grande, Mijas, Marbella, Ojén e Monda). A situação, esta manhã, era dada como descontrolada nalgumas frentes.

O incêndio deflagrou no final da tarde de quinta-feira e, segundo o primeiro balanço do Consórcio Provincial de Bombeiros de Málaga, já consumiu 1000 hectares, avança o diário espanhol El País na sua edição online.

As chamas estão a espalhar-se a grande velocidade e já se estenderam a várias localidades da região de Málaga. Para o local foram mobilizados 17 meios aéreos, que permitiram que todas as estradas encerradas fossem reabertas ao trânsito. Ao todo existem cerca de 600 bombeiros no local vindos de Málaga, Cádis, Córdoba, Granada, Sevilha e Almería.

Durante a noite, diz por seu lado o El Mundo, foi possível controlar três das quatro frentes do fogo, mas há zonas em que as chamas continuam descontroladas, centrando-se agora os esforços na extinção do incêndio na zona de Coín e Ojén.

Durante a madrugada, uma mudança de vento complicou o cenário, com as chamas a avançarem em direcção à zona urbana de Marbella, deixando pelo caminho cerca de 3300 desalojados segundo algumas fontes e 5000 segundo outras. Algumas zonas residenciais de luxo foram também evacuadas. Nesta sexta-feira as condições meteorológicas, com menos vento e um aumento da humidade relativa, estão a ajudar o trabalho dos bombeiros.

A presidente do município de Marbella, Ángeles Muñoz, fez um balanço às 4h00 espanholas (3h00 em Lisboa) onde confirmou que arderam várias casas e que duas pessoas sofreram queimaduras, estando uma delas com prognóstico reservado. A região decretou o nível de emergência 2, que é activado quando uma comunidade autónoma pede ajuda ao Estado por razões de interesse nacional.

As causas do incêndio ainda estão a ser apuradas, mas o delegado do Governo em Málaga, José Luis Ruiz Espejo, adiantou que há suspeitas de mão criminosa.

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