Piratas tomam de assalto petroleiro grego no golfo da Guiné

Um grupo de piratas tomaram esta terça-feira de manhã controlo de um petroleiro grego que estava ancorado no golfo da Guiné, em águas territoriais do Togo, foi confirmado pelo Gabinete Marítimo Internacional.

O navio, com pavilhão da ilha de Man e 24 tipulantes, foi abordado a cerca de 17 milhas (31 quilómetros) ao largo de Lomé, a capital do Togo, e houve uma troca de tiros entre os piratas e um barco patrulha da marinha daquele país, que se aproximara do local após receber um sinal de socorro enviado pelo petroleiro.

“Os piratas acabaram por conseguir tomar controlo do petroleiro e obrigaram a tripulação a levantar âncora”, descreveu Noel Choong, responsável do Gabinete Marítimo em Kuala Lumpur. “Nesta zona, normalmente os piratas mantêm os navios capturados durante uns quatro ou cinco dias, pilham-no e partem com parte da carga, que costuma ser o combustível”, prosseguiu a mesma fonte, citada pela agência noticiosa francesa AFP.

Este é já o segundo caso de assalto a navios nas últimas duas semanas no golfo da Guiné, depois de a 19 de Agosto um grupo de piratas ter abordado um petroleiro britânico com 18 tripulantes. O ataque não registou quaisquer vítimas e o navio acabou por ser libertado na passada quinta-feira em águas da Nigéria.

Ao longo do primeiro semestre deste ano, tem vindo a ser registado um claro aumento dos actos de pirataria no golfo da Guiné, o que se deve, de acordo com o Gabinete Marítimo Internacional, a uma mais eficiente contabilização dos ataques.

Um relatório publicado por aquele organismo em Julho passado dá conta de 32 ataques de pirataria ao largo das costas do Benim, Nigéria e Togo entre os meses de Janeiro e Junho deste ano (foram 25 no período homólogo de 2011). E a maior parte destes ataques decorreu com “um nível elevado de violência” e a tomada de dezenas de reféns, é ainda avançado no documento.

Logo após a região do Corno de África, as águas ao largo da África Oriental são identificadas internacionalmente como um novo “ponto quente” da pirataria, que visa sobretudo os navios que transportam combustível.

Sugerir correcção
Comentar