Hollande e Merkel pressionam Grécia a cumprir reformas

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Foto: AFP/Guido Bergmann

François Hollande e Angela Merkel intensificaram a pressão sobre o Governo de Atenas, para Antonis Samaras prosseguir com os esforços de consolidação orçamental antes de a zona euro tomar uma decisão sobre o plano de ajustamento acordado com a troika.

O caso grego estava hoje na agenda de um jantar de trabalho entre o Presidente francês e a chanceler alemã, em Berlim.

À chegada à chancelaria alemã, Hollande reafirmou a vontade de a Grécia continuar a ser um dos 17 países que partilham a moeda única. E Merkel repetiu que as decisões a tomar têm de “aguardar os resultados do relatório da troika”. “Encorajo os nossos amigos gregos a prosseguir a via das reformas e sei o quanto estes esforços são difíceis para a Grécia”.

A mesma mensagem foi ontem deixada pelo Presidente do Eurogrupo, Jean-Claude Juncker, depois de o primeiro-ministro grego pedir numa entrevista ao jornal alemão Bild “um pouco de ar” para a Grécia cumprir as metas, ou seja, uma extensão do prazo para que o Governo reequilibrar as contas públicas.

Para cumprir o programa acordado com a Comissão Europeia, o BCE e o FMI, o novo Governo de coligação comprometeu-se a cortar 11,5 mil milhões de euros na despesa em 2013 e 2014. Para já, estão definidas medidas para poupar 10,8 mil milhões, mas falta encontrar onde cortar na despesa em 700 milhões de euros.

François Hollande reforçou, por seu lado, que “cabe aos gregos fazer esforços indispensáveis” para atingir os objectivos.

Sexta-feira é a vez de o primeiro-ministro grego se encontrar com Merkel, mas nada em concreto será anunciado sobre o caso grego esta semana, já avisou a chanceler alemã.

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