Zombie Safe House, arquitectos que nos protegem do papão

A Estátua da Liberdade, uma cidade feita de redes e uma habitação no campo são exemplos de possíveis casas à prova de zombies

A Estátua da Liberdade como abrigo num ataque de zombies DR
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A Estátua da Liberdade como abrigo num ataque de zombies DR
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A Zombie Safe House é uma competição que desafia arquitectos, designers e artistas a pensar numa casa que proteja os residentes de um ataque de zombies. Pode ser uma situação irreal, mas a Zombie Safe House é para ser levada a sério, já que a casa desenhada para um cenário apocalíptico deverá estar, igualmente, preparada para uma catástrofe.

 

Imagine num futuro não muito distante, uma população que vive numa cidade construída por cima de outra cidade, esta última já devastada pelo ataque de zombies. A nova cidade estaria no topo dos arranha-céus e seria possível graças a cabos de aço que ligam os edifícios, formando uma enorme rede, enquanto os zombies estariam a cambalear na rua em baixo. O projecto SafetyNet City, desenvolvido por Warwick Mihaly and Erica Slocombe, foi finalista na edição de 2011 da Zombie Safe House e é apenas uma das soluções contra um ataque de zombies em concurso.

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Vagabond Mobile Safe House Device foi o projecto vencedor do Zombie Safe House 2011 DR

 

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A Look Out House teria painéis solares e um depósito de água e ficaria situada no campo DR

A competição vai já na terceira edição e tem reunido projectos únicos que se mantém, para já, no papel.

 

A ideia partiu de três designers da empresa norte-americana Architects Southwest, que queriam ver toda a criatividade dos seus colegas de trabalho em prática, sem quaisquer limites. Para isso, sugeriram a concepção de um edifício que fosse anti-zombie, protegendo os seus moradores de um ataque destes mortos-vivos. O desafio foi conquistando a atenção de arquitectos, designers industriais, estudantes e artistas e hoje os participantes vêm dos quatro cantos do mundo.

 

Mas o facto de ser uma casa pensada para um violento ataque de figuras a cambalear, com membros a cair e com um grande apetite por cérebros não significa que a competição não tenha o seu lado sério.

 

O professor de arquitectura da Universidade do Louisiana, Michael McClure, foi juíz na edição da Zombie Safe House de 2011 e explica que, ao desenhar uma casa para um apocalipse, “os designers têm de puxar pela imaginação para perceberem que tipo de design pode ser necessário para circunstâncias extremas”. Tal como num ataque de zombies, num desastre real podem escassear bens como a água, a energia e os alimentos. Assim, os participantes acabam por criar habitações preparadas para uma catástrofe. 

 

Para viver nestas casas é obrigatório estar vivo

Matt Jordan alerta para o facto de a sustentabilidade estar em risco, graças ao aumento do preço da energia e ao aquecimento global. No ano passado, o arquitecto foi um dos vencedores do concurso. Juntamente com Christina Geros, desenhou a Look Out House, uma habitação de milhões de dólares, com painéis solares e um depósito subterrâneo de água. Jordan e Geros explicam que a casa ficaria situada nas ribanceiras do rio Tennessee pois o melhor local para escapar a um exército de zombies é o campo: além de estar próxima de recursos naturais, a casa também estaria longe de zonas com muitas pessoas, áreas que, avisa Matt Jordan, devem ser evitadas pois seriam as primeiras onde os zombies procurariam alimentos.

 

Em 2011, o projecto vencedor da  Zombie Safe House foi a Vagabond Mobile Safe House Device (v.MSHD), uma estrutura que, desmontada, caberia numa mala, para estar sempre à mão, pois nunca se sabe quando o ataque pode ocorrer. A v.MSHD teria espaço para duas pessoas, com, por exemplo, uma superfície reflectora para camuflar a estrutura e que conteria células fotovoltaicas para produzir calor.

 

Entre os projectos finalistas da edição do ano passado, estava, ainda, a Estátua da Liberdade transformada para servir de abrigo num mundo dominado por zombies, e, também, o projecto The Zombie House, uma habitação para duas famílias, com vidro duplo para evitar a sua destruição, jardins no telhado e, como não poderia deixar de ser, uma saída de emergência na cave.

 

A Zombie Steam House, uma casa mecanizada, com uma estufa interior, cheia de armadilhas e muitas festas foi outra solução apresentada na Zombie Safe House 2011 e oferecia 50% de desconto às primeiras três pessoas. Só impunha uma condição aos inquilinos: ter a certeza de que estão vivos.

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