Estado vai poupar 81 milhões após renegociação da auto-estrada Transmontana

Foto
O Governo mandou renegociar sete subconcessões rodoviárias para poupar dois mil milhões de euros em 30 anos Enric Vives-Rubio

O presidente da Estradas de Portugal (EP) anunciou na quarta-feira à noite o fim da renegociação da subconcessão da auto-estrada transmontana, conseguindo uma poupança para o Estado de 81 milhões de euros.

Em entrevista à SIC Notícias, António Ramalho afirmou ter fechado naquela noite o acordo com o consórcio liderado pela Soares da Costa, sublinhando que se trata de “uma auto-estrada com um peso significativo”, que faz a ligação entre o Porto e Bragança.

“Acabámos de negociar também a redução da Transmontana. A Transmontana (A4) é uma auto-estrada significativa, que faz uma ligação global, que estrategicamente é a ligação entre o Porto e Bragança”, referiu António Ramalho. A via em causa "corresponde à parte pós-túnel do Marão", especificou o mesmo responsável da EP, "mas conseguimos uma redução significativa neste trabalho conjunto de cerca de 81 milhões”, acrescentou.

Segunda renegociação

Esta é a segunda renegociação de Parcerias Público Privadas (PPP) rodoviárias, depois de uma poupança conseguida com um novo acordo para a subconcessão do Pinhal Interior, que permitiu uma poupança de 485 milhões de euros.

A EP foi mandatada pelo Governo para renegociar sete subconcessões rodoviárias (duas das quais estão concluídas), a fim de atingir uma poupança nominal superior a dois mil milhões de euros nos próximos 30 anos, o prazo dos acordos assinados com as concessionárias.

Em causa estão as subconcessões Transmontana, Douro Interior, Baixo Alentejo, Litoral Oeste, Algarve Litoral e Pinhal Interior, sendo que a revisão dos acordos implica a construção de menos troços, mas sobretudo uma redução dos encargos do Estado.

Na semana passada, a Estradas de Portugal adiantou estar a dar continuidade aos “esforços de redução dos encargos com outras parcerias contratadas, de modo a assegurar a sua sustentabilidade financeira a prazo, nos termos dos objectivos delineados pelo Governo português”.

Na entrevista, o presidente da EP escusou-se a adiantar o ponto de situação das outras renegociações, justificando ser preciso “muito silêncio” para ser um bom negociador, mas admitiu que alguns acordos poderão ser conseguidos só no próximo ano.

Sugerir correcção
Comentar