Recessão em Itália agravou-se no segundo trimestre

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Foto: Juan Medina/ Reuters (arquivo)

A recessão da economia italiana agravou-se no segundo trimestre do ano, com um recuo do PIB de 0,7% face ao trimestre anterior, anunciou esta terça-feira o Instituto Nacional de Estatística de Itália (Istat), numa primeira estimativa.

Em relação ao segundo trimestre do ano passado (comparação homóloga), a contracção do produto interno bruto (PIB) italiano é, no entanto, já de 2,5%, segundo o comunicado de imprensa disponibilizado no site do Istat.

A queda de 0,7% do PIB no segundo trimestre segue-se aos recuos de 0,8%, 0,7% e 0,2% nos três trimestres precedentes, o que perfaz um ano consecutivo de perdas trimestrais do PIB, o que se reflecte num agravamento consecutivo da sua queda homóloga – que no primeiro trimestre do ano era de “apenas” 1,4%.

A diminuição do produto hoje divulgada resulta de quedas em todos os três grandes sectores de actividade: serviços, indústria e agricultura. Há no entanto a ressalvar que entre Abril e Junho houve menos um dia útil do que entre Janeiro e Março.

A queda de 0,7% em cadeia no segundo trimestre está em linha com as previsões de um painel de economistas consultado pela agência Dow Jones. É no entanto ligeiramente menor que a do primeiro trimestre, e muito inferior aos -3,5% registados no primeiro trimestre de 2009, no pico da recessão que se seguiu ao início da crise financeira do Ocidente.

Vítima também da crise da dívida da zona euro, devido a um endividamento público de quase 120% do PIB no final do ano passado (só superior ao da Grécia), e com um montante total apenas mais baixo que o da Alemanha, tem adoptado sucessivos planos de austeridade destinados a tranquilizar os detentores de títulos e os investidores em novas emissões.

O Banco de Itália reviu no mês passado em baixa a previsão para a recessão deste ano, esperando agora que seja de 2%, face a 1,5% antes.

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