Parceria Salvador Caetano-Airbus constrói fábrica de material aeronáutico no Norte

Foto
O trabalho será desenvolvido em parceria com a Airbus Foto: Nelson Garrido/arquivo

A Salvador Caetano vai entrar no sector aeronáutico, ao abrir uma fábrica de construção desse material nos concelhos de Gaia e de Ovar, em parceria com a Airbus.

De acordo com informações dadas por uma fonte do Ministério da Economia à Lusa, a fábrica vai incluir uma unidade de engenharia de alta tecnologia, no concelho de Gaia, e outra para a linha de produção, no concelho de Ovar. “A expectativa é que a fábrica possa estar construída até ao final deste ano”, adiantou.

Com um volume de negócios que ascende aos 75 milhões de euros, a unidade tem “um potencial de criação de emprego muito alto”, estimando-se que possa gerar 200 postos de trabalho directos e outros 600 indirectos.

Há ainda outras empresas portugueses envolvidas nesta renegociação de contrapartidas, incluindo duas que ficam associadas indirectamente ao projecto da Salvador Caetano: a OGMA (antigas Oficinas Gerais de Material Aeronáutico) e a Empordef TI. No total, estão previstos mais de 100 milhões de euros de investimento real associados às contrapartidas que foram renegociadas pela compra dos C295, parte do qual assegurado pelas empresas nacionais.

O ministro da Economia e do Emprego, Álvaro Santos Pereira, que presidiu hoje à cerimónia de assinatura do novo acordo com a Airbus Military, sublinhou que o objectivo do Governo é redireccionar as contrapartidas para "projectos reais" e cuja execução seja passível de acompanhamento. O governante disse também que a nova fábrica do Norte do país “vai transformar a Salvador Caetano no fornecedor da Airbus”.

O contrato para aquisição das 12 aeronaves C-295 à empresa EADS/CASA foi assinado em Fevereiro de 2006 entre a Defaerloc – compradora dos aviões, pertencente à holding das indústrias de Defesa do Estado, Empordef. A compra dos sucessores dos Aviocar, orçada em 275 milhões de euros, foi financiada por um consórcio bancário constituído pela Caixa Geral de Depósitos e pelo Barclays Bank.

A renegociação dos contratos das contrapartidas militares foi feita com o consórcio europeu, EADS, representado pela Airbus Military, uma vez que foi com esta empresa que se arrancou inicialmente com o projecto de compra das aeronaves.

Notícia actualizada às 15h24

Acrescentaram-se declarações do ministro da Economia e novas informações, transmitidas na cerimónia de assinatura do novo acordo entre o Estado e a Airbus Military

Sugerir correcção
Comentar