Aventureiro completa volta ao mundo a “propulsão humana”

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Erden Eruc regressou ao ponto de partida, cinco anos e 11 dias depois de ter saído dr

Erden Eruc (ou Eruç), 41 anos, saiu de Bodega Bay, na Califórnia, EUA, a 10 de Julho de 2007. No passado dia 21, regressou ao ponto de partida, cinco anos e 11 dias depois. Pelo meio, completou uma volta ao mundo a “propulsão humana”, ou seja, a pé, a remos ou de bicicleta.

Para este norte-americano nascido na Turquia e residente em Seattle, a aventura começou com uma tragédia: quando escalava com o seu camarada de expedições, Goran Kropp, o sueco escorregou e morreu emconsequência da queda. Erden decidiu virar costas a tudo. Mas manteve-se racional.

Ao longo da sua aventura de cinco anos por terra e mar, obedeceu sempre a uma cartilha de três pontos: “1 – Manter-me vivo; 2 – Savar o meu barco; 3 – Continuar a circumnavegação.”

Mas havia outro conjunto de regras, igualmente fundamental para enfrentar uma odisseia que coloca à prova relações pessoais, finanças, carreira profissional. À sua mulher, ele fez três promessas: “1 – Não vou morrer; 2 – Não vou perder-te; 3 – Não ficaremos na bancarrota.”

À sua chegada, foi saudado por familiares e amigos, mais algumas pessoas cativadas pela sua proeza. Uma delas, Jason Lewis, é o único homem que conseguiu uma volta ao mundo nos moldes em que Erden a fez. Mas demorou 13 anos a completá-la. É que o turco-americano não facilitou. Quando percebeu que a sua odisseia não seria reconhecida nos moldes em que a encetou, regressou ao local de partida e arrancou de novo. Depois de atravessar o oceano Índico a remos, até à ilha de Madagáscar, fez questão de completar de seguida o trajecto, atravessando o canal até ao continente africano.

Erden começou por pedalar entre Seattle e S. Francisco. Depois atravessou o Pacífico a remos até à Papua Nova Guiné. Atravessou a ilha a pé e em caiaque e depois remou até à Austrália. Pedalou o continente australiano de Leste para Oeste e a seguir atravessou o Índico a remos até Madagáscar, primeiro, e Moçambique, depois. Montou a bicicleta e atravessou África (escalando, de caminho, o Kilimanjaro) até à costa atlântica, onde entrou no seu caiaque de mar e rumou à Venezuela, completando a travessia do Atlântico. Novamente pelo mar, chegou aos EUA, para pegar na bicicleta e pedalar de Cameron, Luisiana, até Bodega Bay, Califórnia. A mulher acompanhou-o no troço final.

Pelo caminho, milhares de quilómetros, muitas aventuras e ainda mais histórias, algumas das quais podem ser lidas no site explorersweb.com.

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