A segunda vida do Musikki, o "Google português da música"

Motor de busca quer que a partilha de música vá mais além do Facebook e do Twitter

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The Kills, a banda da semana no Musikki DR

A ideia já tinha surgido antes, mas foi apenas em 2012 que se pôs mãos-à-obra. Chama-se Musikki e é um motor de busca musical que, à distância de um clique, permite ao utilizador ter acesso a toda a informação de um artista ou banda. Agora, este “Google da música português”, como lhe chamam, apresenta novas funcionalidades.

“A nova versão online foi refeita de raiz”, refere João Afonso, um dos criadores do projecto. Depois do sucesso da aplicação no Facebook, Musikki Social Player, que permite criar uma "playlist" com as músicas que os amigos e páginas que seguimos partilham, o próximo passo é criar uma aplicação para telemóvel.

“Uma das novas funcionalidades é fazer com que a partilha vá mais além que o Facebook ou o Twitter. Queremos ter um ‘share to real life’”, afirma João Afonso. “Esta funcionalidade vai permitir gerar um QR Code [Código de Resposta Rápida representada por uma espécie de código de barras e que permite uma leitura rápida e uma grande capacidade de armazenamento] dinâmico com o link para a página do artista no Musikki e guardar esse QR Code como imagem no disco”, explica o mestre em Comunicação Multimédia pela Universidade de Aveiro. Assim, quem estiver a criar um cartaz ou um "flyer" pode adicionar o "link" “físico” para o motor de busca.

“Com esta opção qualquer utilizador com o "smartphone" pode ficar a saber mais sobre um artista que acabou de ver num cartaz ou num 'flyer'”. Segundo o empreendedor, as novas funcionalidades “serão mais rápidas e o interface mais intuitivo”. E, além disso, o Musikki consegue manter-se fiel a si próprio: ser um perfil dinâmico, com acesso facilitado e alojado num só espaço.

O projecto de João Afonso, Juliana Teixeira e Pedro Almeida nunca teve dinheiro investido na sua promoção. “Preferimos usar o poder das redes sociais e a nossa criatividade para disseminar a ideia”. E tem resultado. A ideia dos três empreendedores nasceu em Aveiro e já entrou em competições que lhes reconheceram mérito.

Venceram o Prémio Venture Competition do ISCTE-MIT Portugal, do qual ganharam 200 mil euros euros, e ficaram em 2.º lugar no Movimento SIM da Samsung. Quanto ao futuro, “estamos a tratar da abertura do nosso primeiro escritório nos Estados Unidos com o objectivo de fazer uma ronda de levantamento de capital nesse país dentro de nove meses”, conclui João.

Texto actualizado às 19h20 do dia 20 de Julho com a actualização do valor do prémio no último parágrafo. 

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