José Adrião Arquitectos distinguido com dois dos oito prémios FAD

Magnólia e Fanqueiros, duas obras do gabinete do arquitecto José Adrião, receberam dois galardões num dos mais importantes prémios de arquitectura da Peninsula Ibérica

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A remodelação de um edifício na rua de Fanqueiros foi eleita pelo público na área Interiorismo FG+SG

O gabinete José Adrião Arquitectos foi distinguido em Barcelona com dois dos oito galardões dos prémios FAD 2012. O atelier lisboeta é o representante português, com as obras Magnólia e Fanqueiros, num prémio que é considerado uma espécie de barómetro da arquitectura ibérica.

A intervenção feita no Natal de 2011 na Praça de Londres, em Lisboa, devolveu vida à magnólia (o nome vem daí) morta que vivia na zona. A obra valeu ao atelier português o prémio do júri na secção Instalações Efémeras: “Demos-lhe vida com luzes LED de baixo consumo e simulamos uma raiz, uma árvore não é só que vemos”, explicou ao P3, ainda a partir de Barcelona, o arquitecto José Adrião.

A capacidade de emocionar o público com esta intervenção - feita a convite da Câmara Municipal de Lisboa em menos de uma semana e a baixo custo - foi, para o arquitecto português, uma das grandes vantagens da obra.

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A CML convidou o atelier de José Adriãõ para decorar a Praça de Londres no Natal de 2011 FG+SG

A influência da crise 

É uma característica que também se encontra na obra que arrecadou o prémio Interiorismo, dado pelo público: a remodelação de um edifício na rua de Fanqueiros. O projecto, terminado em Janeiro de 2011, recuperou um edifício Pombalino para apartamentos de arrendamento de curta duração e foi também concluído em modo de poupança.

A crise é, álias, um desafio à capacidade dos gabinetes darem respostas “pragmáticas, pertinentes e directas" que, ainda assim, consigam emocionar. “É bom saber que mesmo em tempos de crise os atelieres conseguem dar respostas eficazes”, salienta o arquitecto do gabinete José Adrião, que admite que houve uma mudança na forma como trabalham. 

Portugal tinha oito obras entre os finalistas dos prémios FAD, todas elogiadas pelo júri, e o curador do MoMa, Pedro Gadanho, já tinha sido distinguido pelo seu trabalho na categoria Pensamento e Crítica, com o livro "Arquitectura em Público".

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