Alunos de Ciência Política da Lusófona convocam reunião geral

As associações de antigos e actuais alunos da Universidade Lusófona convocaram uma reunião dos alunos de Ciência Política para a próxima terça-feira para esclarecer os contornos da licenciatura do ministro e avaliar o impacto negativo para a instituição e os licenciados.

“Tendo em conta o desenrolar da polémica sobre a licenciatura do ministro e acusações graves de supostas irregularidades “ no processo de atribuição da licenciatura as duas associações questionaram a reitoria e a administração, e estas propuseram-se estar presentes na reunião, contou ao PÚBLICO o presidente da Associação de Antigos Alunos da Universidade, Lúcio Rapaz.

O encontro contará com a intervenção da directora do curso de Ciência Política e Relações Internacionais, Ângela Montalvão Machado, a par do reitor Mário Moutinho e do administrador Manuel Damásio. De acordo com a ordem de trabalhos, está prevista a “aprovação de moções e de outras acções adequadas”.

A Associação de Antigos Alunos pediu um parecer a um jurista que concluiu que o reconhecimento e creditação da experiência profissional e académica permite que legalmente se possa concluir uma licenciatura de três anos em apenas um. “Fiquei estupefacto, mas a verdade é que a lei não especifica limites mínimos ou máximos dos créditos que podem ser atribuídos”, diz Lúcio Rapaz.

“Do que sabemos até ao momento sobre o processo do ministro Miguel Relvas, constatámos que as normas legais foram cumpridas e que, conjugadas, permitem esta situação [de completar três anos num”, afirma o presidente dos antigos alunos. Porém, se se acabar por provar que houve ilegalidades na atribuição de créditos que dispensam a frequência de cadeiras, Lúcio Rapaz defende que a solução seria “anular todas as licenciaturas concluídas com a atribuição de ECTS [créditos], independentemente de quem seja o aluno”.

“Importa que os antigos alunos e toda a Academia Lusófona se unam e desencadeiem as acções necessárias à reposição da verdade, à salvaguarda da honra e da dignidade da Universidade e, especialmente, do curso de Ciência Política e Relações Internacionais, bem como dos postos de trabalho e credibilidade dos diplomas dos antigos alunos”, apela o comunicado conjunto das duas associações.

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