Paulo Portas quer "uma relação especial com China"

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Portas anunciou que estão actualmente em análise mais de 17 vistos golden Foto: Adriano Miranda

O ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros de Portugal, Paulo Portas, defendeu nesta segunda-feira uma “relação de cooperação e não confrontacional” entre o Ocidente e a China.

“Ninguém compreenderá o século XXI sem compreender a China. (...) Nós olhamos para a China sem preconceitos e respeitamos as diferenças”, disse Paulo Portas em Xangai, na abertura do seminário “Caminho das Exportações”, organizado pelo semanário Expresso, com a presença de cerca de uma centena de empresários dos dois países.
Num discurso de cerca de 15 minutos perante uma centena de empresários dos dois países, Paulo Portas realçou que Portugal e China “tiveram sempre uma relação pacífica” ao longo de cinco séculos.

Paulo Portas reafirmou que os dois países “têm excelentes relações políticas”. “Admiramos o lugar que a China está a construir na arena internacional”, disse.

Passos Coelho na China em 2013

Paulo Portas anunciou também que o primeiro-ministro português, Pedro Passos Coelho, está a planear visitar a China em 2013. “Queremos estabelecer uma relação especial com China”, disse Paulo Portas na mesma ocasião.

O ministro português saudou a participação de duas grandes empresas chinesas no programa de privatizações de Portugal: a China Three Gorges, que adquiriu 21,35% do capital da EDP, e a State Grid, que comprou 25% da REN (Redes Energéticas Nacionais).

O ministro português salientou também que Portugal é um país da zona euro que “se preocupa com a disciplina e cumpre os seus acordos” e que “está aberto ao investimento chinês e quer aumentar as exportações portuguesas para a China”.

O discurso assinalou o início do programa da visita oficial do ministro português à China, que decorre até domingo. Após a abertura do seminário económico em Xangai, Paulo Portas vai encontrar-se com o vice-presidente da Câmara de Xangai com o pelouro dos Assuntos Financeiros, Tu Guangshao, e depois visitará duas empresas, uma das quais portuguesa.

O ministro segue à tarde para Pequim, onde permanecerá até sexta-feira de manhã.

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