Desemprego na Alemanha subiu pela quarta vez em 2012
O número de desempregados na Alemanha, depois de despistados os efeitos do desemprego sazonal, aumentou em Junho pelo quarto mês este ano, com a crise da zona euro a atingir também o mercado laboral da maior economia europeia.
Os dados foram divulgados hoje pela Agência Federal do Trabalho (BA), contabilizam mais de sete mil desempregados em Junho, face a Maio, num total de 2,88 milhões de pessoas sem trabalho.
Este valor fica acima das estimativas dos analistas consultados pela agência financeira Bloomberg, que estimavam apenas um aumento de três mil desempregados.
A taxa de desemprego ajustada subiu, assim, para os 6,8 por cento, depois de a taxa de Maio ter sido revista em alta para os 6,7%.
Os números ajustados da sazonalidade, que medem o número de inscritos como desempregados tendo em conta o total da população activa, foram no entanto em Junho menos favoráveis do que não-ajustados.
As leituras que não tomam em conta o desemprego sazonal, dizem o número de desempregados na Alemanha desceu em Junho para 2,809 milhões, menos 46 mil do que no mês anterior, com a taxa de desemprego a fixar-se nos 6,6%, menos 0,1 pontos do que em Maio, indicou também a BA.
A diferença entre os valores é explicada pelo facto de o desemprego tendencialmente cair na Primavera e no Verão em sectores como o da construção. Os valores ajustados destinam-se precisamente a corrigir este efeito.
Também hoje, o Instituto de Economia de Munique disse esperar que a economia alemã cresça 0,7% em 2012, depois dos 3% no ano passado, mas advertiu que a “insegurança da previsão de momento é muito elevada”.
Num relatório publicado hoje, os economistas do Ifo referem ainda que só em 2013 a economia alemã voltará a acelerar, atingindo um crescimento de 1,3% do Produto Interno Bruto (PIB).
Quanto à medida do desemprego, deverá no mesmo ano descer para 2,8 milhões [em 2010 a média era de 3 milhões], mantendo a tendência positiva.
As previsões hoje divulgadas dependem, no entanto, em grande medida, da evolução da crise das dívidas soberanas na zona euro, advertiu o Ifo.