Um vulcão chamado Kevin Durant no caminho do primeiro anel do "King" LeBron James

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Kevin Durant tem uma média de 30,1 pontos por jogo JIM YOUNG/REUTERS

Durant, melhor marcador da NBA, é o líder dos Thunder, equipa revelação e obstáculo final dos Miami Heat na corrida ao título

Durante o lockout da NBA no final do Verão, LeBron James convidou Kevin Durant para uns treinos na sua casa em Akron, Ohio. Agora, James procura o seu primeiro anel e para isso tem o maior obstáculo pela frente nas finais deste ano da NBA: Kevin.

Dois dos melhores basquetebolistas da actualidade, e companheiros na selecção olímpica dos EUA nos Jogos de Londres 2012, vão defrontar-se no maior palco. LeBron James, dos Miami Heat, e Kevin Durant, dos Oklahoma City Thunder, começam o duelo na próxima madrugada (2h SP-TV 1).

James e os Heat regressam à final um ano depois para cumprir a promessa de há dois anos quando formaram o "Big Three" com a chegada de Dwyane Wade e Chris Bosh. Os jovens Thunder, prontos para provar que o seu futuro é agora, também fazem barulho com o "Big Three" à sua maneira: Russell Westbrook e James Harden alimentam o dinamismo de Durant, que aos 23 anos já venceu três títulos de melhor marcador da NBA. Sim, à frente de LeBron. Mais: Durant é o sétimo jogador a conseguir fazê-lo na história, com uma média de 30,1 pontos por jogo, alcançando um máximo na carreira em percentagem de lançamento, 3 pontos, ressaltos, assistência e blocos.

Os Heat e os Thunder já se defrontaram nesta temporada, na época regular, ambos com vitória na sua casa. Durant marcou mais do que ninguém nesta época (total de 1850 pontos), enquanto James foi segundo (1683). Para responder, James levou o prémio de MVP, à frente de Durant, que ficou em segundo na eleição.

"Não é Kevin contra LeBron", diz o treinador dos Thunder, Scott Brooks. "É jogar bom basquetebol contra uma muito boa equipa." Mas não resistiu: "Individualmente, os dois são os melhores jogadores da prova."

Kevin Durant gosta de prestar homenagens. O seu número na camisola (35) é um tributo ao seu antigo treinador, Charles Craig, que foi morto com um tiro em 2005, com 35 anos. E gosta de ser fiel ao clube (aqui os críticos lembram quanto ele difere de LeBron, quando abandonou Cleveland à procura do anel). Durant escolheu não jogar noutro sítio que Oklahoma City, ainda para mais agora que os Thunder se apetrecharam para lutar pelo título.

"Eu sei que tudo o que eu quero é jogar basquetebol e jogar cada vez melhor. Não interessa onde", repetiu já várias vezes Durant.

Há três anos, a equipa de Oklahoma City tinha um registo de três vitórias e 29 derrotas, com o objectivo único de evitar a pior marca da história da NBA. Agora, os Thunder querem continuar a sua trajectória impecável nos play-off, depois de varrerem o campeão em título, Dallas Mavericks, por 4-0. Impuseram-se a outro grande, os LA Lakers, por 4-1. E deram conta de outro gigante, os Spurs, a melhor equipa da fase regular, com 50 vitórias.

Melhor: a equipa de Parker, Ginóbili e Duncan começou a série a vencer os dois primeiros jogos em San Antonio, alargando a sua série a 20 vitórias consecutivas. Chegou ao jogo com os Thunder 50 dias depois da sua última derrota, a 11 de Abril frente aos Lakers. Pouco para assustar a equipa de Oklahoma.

E conseguiram o que nunca tinham conseguido, que era meter-se na final desde que se trasladaram para Oklahoma City. Antes estavam radicados em Seattle. Com o nome de SuperSonics chegaram ao anel de campeão em 1979 e perderam duas finais, a última, em 1996, ante os Bulls. Os Thunder transformaram-se. Numa época duplicaram o número de vitórias e ganharam uma estrela. "Parece um guião de Hollywood. As três equipas eliminadas [Dallas na primeira ronda, os Lakers nas meias-finais da Conferência e os Spurs] representam dez dos últimos 13 títulos", observou Gregg Popovich, treinador da equipa de San Antonio.

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