Apesar do resgate, juros de Espanha e Itália de novo em alta

Foto
Foto: Andrea Comas/ Reuetrs (arquivo)

Os juros implícitos às transacções de revenda de títulos de dívida espanhola e italiana recomeçaram a subir, num sinal claro de que o anúncio de um resgate de até 100 mil milhões de euros para a banca espanhola não está a acalmar os credores destes países.

As taxas das obrigações espanholas a dez anos estavam em 6,422% às 14h05 de Lisboa, face aos 6,212% em que tinham ficado na sexta-feira ao fim do dia (segundo informação da agência Reuters), poucas horas antes de ser anunciado o resgate aos bancos espanhóis, o quinto salvamento financeiro em larga escala desde que se iniciou a crise da zona euro. Antes deste, houve dois para a Grécia, um para a Irlanda e o de Portugal.

Desde há várias semanas que as taxas espanholas a dez anos – prazo de referência nos mercados – se encontram no limiar do insustentável a prazo, tal como as italianas. Depois de um pico de 6,648% a 30 de Maio, desceram para 6,115% na quinta-feira passada, ao ritmo de declarações de responsáveis europeus que indiciavam a iminência de uma solução para as dificuldades imediatas dos bancos espanhóis.

Ao início da manhã, estas taxas abriram com uma queda, mas rapidamente recomeçaram a subir e, a meio da manhã, já ultrapassavam o valor de fecho de sexta-feira.

Aliás, depois das 14h as taxas espanholas e italianas estavam e subir em todos os principais prazos, tal como as suas margens (

Os juros implícitos às transacções com obrigações italianas a dez anos estavam em 5,926% também pouco depois da 14h, face a 5,774% na sexta-feira ao fim do dia. Não sendo um nível tão dramático como o do valor espanhol, é também no entanto uma zona de alto risco, em que novas subidas podem tornar incomportáveis os custos de refinanciamento da dívida italiana.

As taxas portuguesas a dez anos estavam em recuo nítido, para baixo de 10,8%, enquanto as francesas e alemãs subiam para respectivamente 2,6% e 1,345%.

Sugerir correcção
Comentar