Há ligas para tudo. Há o futebol e as outras. Umas movem milhões, são reconhecidas à distância, estão nos telejornais e todos são comentadores. Mas esta é diferente. É a Liga de Lutas com Tubos de Cartão (Cardboard Tube Fighting League), um desporto estranho que enche as medidas e alimenta as reminiscências de infância de Robert Easley, que teve a ideia de a criar em 2007.
Robert Easley é de São Francisco e trabalhou em Seattle onde se familiarizou com a Liga da Luta de Almofadas (Pillow Fight League), já com muitos seguidores por todo o mundo, inclusive Portugal. Então, por que não criar esta?
Quando se entra no site oficial da Liga, pode ler-se o seguinte: “A Liga de Lutas com Tubos de Cartão foi criada a partir de uma necessidade desesperante para melhor treinar e munir os cidadãos com tubos de cartão." Apesar de muitos acreditarem que, aquando da elaboração da Constituição, os nossos antepassados se referiam na segunda emenda às armas de fogo, há agora um pequeno número de não-académicos que acreditam que eles faziam alusão a milícias de ninjas de elite armados com tubos de cartão”.
As letras aparecem em pergaminho antigo, onde também se pode ler sobre as regras do jogo, que consiste num duelo com recurso a tubos de cartão oficiais, que são providenciados no evento, ganhando aquele que conseguir estragar o do adversário, mantendo o próprio intacto.
Mulheres em destaque
Um torneio tem, geralmente, cerca de 48 participantes e cada um entra num duelo pelo menos uma vez. Se empatarem, são os dois considerados derrotados. Não são permitidas agressões físicas. A importância do jeito em detrimento da força pode ser a explicação para que as vitórias dos combates sejam mais comuns entre as mulheres. Os prémios são normalmente adaptações dos tubos a referências de armas míticas como a espada de D’Artagnan ou o martelo do deus Thor.
Esta modalidade tem no calendário apenas algumas batalhas ocasionais em Seattle e São Francisco — e persiste noutros países como a Austrália, o Japão, a Rússia, a Alemanha ou o Brasil. Robert Easley, o fundador da Liga, continua a braços com outros jogos visto que trabalha no Gamespace, em São Francisco, onde lhe pagam para ensinar às pessoas jogos de tabuleiro.
