Espaço 77 tem recorde nacional de venda de minis

Uma mini no "77" custa 50 cêntimos há seis anos e nunca dá prejuízo, garante Henrique Rebelo, proprietário do espaço recordista há já três anos

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Estamos a vender uma mini a cada 19 segundos, diz Henrique Rebelo Paulo Pimenta

Situado no coração do Porto, para onde nos últimos anos se mudou a “movida” da cidade, o Espaço 77 é um café despretensioso mas que exibe orgulhoso o recorde nacional de venda de minis, tendo em 2011 servido o impressionante número de 378.230 garrafas de cerveja de 20 centilitros.


“Há três anos vendíamos uma mini a cada 30 segundos, depois passámos para os 24 segundos e agora estamos a vender uma a cada 19 segundos, assegura Henrique Rebelo, um dos proprietários do Espaço 77, esperançado em aumentar o volume de negócios este ano e conquistar o tetra para aquele oásis da cerveja mini.


Uma mini no Espaço 77 custa 50 cêntimos há seis anos e nunca dá prejuízo, garante Henrique Rebelo, explicando que o preço económico da cerveja é compensado com o dinheiro que faz com os jogos de diversão, como o bilhar ou os matraquilhos.

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Cada mini custa 50 cêntimos Paulo Pimenta

Os clientes do 77, um café igual a tantos outros que abriu há 35 anos na Travessa de Cedofeita, são 60 por cento estudantes universitários. “Temos muitos estudantes espanhóis, italianos, polacos, letões. Trabalhamos muito com estudantes estrangeiros, mas também muitos portugueses”, afirma o dono do café, recordando, romanticamente, que há namoricos que começaram naquele espaço e que brotaram em casamento.

Entrar às 19h, sair às 04h

Henrique Rebelo conta que há estudantes que entram no café às 19h00 e saem às 3h00 ou 4h00 da manhã. “Muitos deles já criaram amizade connosco” Gustavo, estudante de Erasmus do Brasil, conta que, numa noite de copos com mais quatro amigos, todos juntos conseguiram beber 100 minis.


Esmeralda, estudante de Espanha, admitiu o prazer em beber minis no Espaço 77 não só pelo preço, mas principalmente pela simpatia dos proprietários e empregados, que é aliada aos folhados quentes e aos matraquilhos. A chave do sucesso para vender números recordes de minis é mesmo o preço barato, a simpatia da família que explora o café e os folhados e pizzas a sair do forno madrugada adentro.


“Começámos com o folhado de chocolate e o misto de queijo e fiambre, agora já temos com carne, vegetais”, recorda Eugénia Rebelo, irmã de Henrique Rebelo, observando que os folhados saem do forno com tanta afluência como as minis saltam da arca frigorífica industrial.


Ao fim de semana é mesmo uma “loucura”, que aumentou nos últimos três anos com a chegada de estudantes estrangeiros e turistas à cidade através das companhias aéreas de baixo custo, explica à Lusa Eugénia Rebelo, outra das proprietárias.

“Nós aqui vendemos uma mini a cada 19 segundos e quase em simultâneo um folhado recheado” e muitas vezes “há filas até à rua”, recorda Eugénia, afirmando que, embora o ano só vá a meio, tudo indica que o Espaço 77 vai bater o recorde com a ajuda de todos os clientes e do fornecedor de cerveja. Os dias mais fortes são as quartas-feiras, sextas e sábados.


“A empresa cervejeira Unicer disse-nos há três anos que éramos o sítio em Portugal que mais minis vendia por ano e depois todos os anos têm trazido um painel com o número de vendas”. Em 2009 foram vendidas 301 mil minis, em 2010 as vendas cresceram para 363.660 e, em 2011, o volume de vendas tornou a aumentar e cifrou-se em 378.230 minis vendidas.


Dados da Associação Portuguesa dos Produtores de Cerveja fornecidos à Lusa sobre o sector cervejeiro em Portugal referentes ao ano de 2011 revelam que a produção total de cerveja no país cifra-se em “8.299 mil hectolitros” e o “consumo total registado foi de 5.320 mil hectolitros”.

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