Primavera Sound, mais música e menos malabarismos

Entre 7 e 10 de Junho, no Porto, não há bungee-jumping, não há rodas gigantes, não há performers a fazer malabarismo. Há música

Joaõ Paulo Feliciano queria pensar o festival “de uma forma diferente” Rui Gaudêncio/arquivo
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Joaõ Paulo Feliciano queria pensar o festival “de uma forma diferente” Rui Gaudêncio/arquivo
Rock in Rio Patrícia de Melo Moreira/AFP
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Rock in Rio Patrícia de Melo Moreira/AFP

O Optimus Primavera Sound, instalado no Parque da Cidade do Porto entre 7 e 10 de Junho, vai ser marcado pelo minimalismo visual e quer reforçar a relação entre música e público, disse o director artístico.

A pouco mais de uma semana do início do festival, João Paulo Feliciano, responsável pela imagem do evento, explicou à Lusa que “o que está em jogo no Optimus Primavera Sound é a experiência de as pessoas estarem a ver e ouvir música”, o que exclui qualquer tipo de divertimentos “extramusicais”. “Não há bungee-jumpings, não há rodas gigantes, não há ‘performers’ a fazer malabarismo”, disse o artista, numa referência àquilo que distingue o festival Primavera, que se desloca da Barcelona original para o Porto pela primeira vez, dos restantes acontecimentos musicais.

João Paulo Feliciano explicou que o festival precisava de ser pensado “de uma forma diferente” e que, por isso, foi necessário trabalhar conceitos que serviram de base para o modelo do evento como: transparência, leveza, simplicidade, elegância e economia de meios.

Uma das opções estratégicas tomadas foi a utilização de elementos gráficos não em “quantidade, mas sim em qualidade e especificidade”, de forma a “reduzir ao máximo o ruído visual” do evento e torná-lo o “mais económico possível”, afirmou Feliciano, numa adequação ao cenário natural do Parque da Cidade, que acolhe o Primavera.

O festival oferece aos visitantes um ‘kit’ para piqueniques, que inclui sacos do lixo, um cinzeiro descartável e no qual o próprio saco pode servir como toalha ou manta. “Aquilo que se dá às pessoas tem um propósito e uma utilidade e tentámos que isso fosse assumido por todas as entidades presentes no festival para não haver desperdício de recursos”, comentou João Paulo Feliciano, que refere o facto de, desde o início, o enfoque ter sido sobre a relação entre a música e o espectador.

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