França e Luxemburgo insistem que é preciso debater a criação de euro-obrigações

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Pierre Moscovici foi recebido por Jean-Claude Juncker na sede do Governo do Governo luxemburguês Foto: John Thys/AFP

O presidente do Eurogrupo, Jean-Claude Juncker, e o ministro francês das Finanças, Pierre Moscovici, defenderam nesta quarta-feira a necessidade de a zona euro discutir a criação de obrigações europeias, um dossier que o Presidente francês, François Hollande, prometeu recolocar no debate europeu.

Jean-Claude Juncker, primeiro-ministro luxemburguês e líder do Eurogrupo enquanto responsável pelas Finanças do seu país, recebeu Pierre Moscovici na sede do Governo do Governo luxemburguês.

Pierre Moscovici reiterou a posição do Governo francês para que a zona euro crie um mecanismo de emissão de obrigações europeias (títulos de dívida). A proposta, que considerou importante e estrutural, “está sempre em cima da mesa”.

Na conferência de imprensa que se seguiu à reunião, o ministro francês das Finanças reconheceu, numa referência à oposição alemã à mutualização da dívida dos países da moeda única, que existem pontos de vista que “não são idênticos” na Europa.

Juncker lembrou, por seu lado, que propôs em 2010 a criação de obrigações europeias. Mas, nessa altura, sublinhou, o debate foi relativizado na Europa. Agora, a questão deve ser objecto de debate, insistiu. Em Novembro, a Comissão Europeia apresentou um estudo sobre três modelos possíveis de euro-obrigações, possibilidade que foi nessa altura criticada por responsáveis alemães.

O reforço da integração da zona euro através de uma “união bancária”, a que apelou hoje o executivo comunitário, foi também abordada no final da reunião de Juncker e Moscovici.

A propósito das recomendações económicas que Bruxelas emitiu nesta quarta-feira, observando que França poderá precisar de um esforço adicional para cumprir o objectivo do défice em 2013, o ministro francês das Finanças garantiu que a segunda maior economia do euro “respeitará os seus compromissos em termos de finanças públicas”. França vai cumprir a meta do défice de 4,5% este ano e de 3% no próximo, assegurou Moscovici.

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