Anderson Polga deixa Sporting ao fim de nove temporadas
“Fui um jogador que dentro da minha carreira profissional tive dois clubes, nove anos no Grémio e nove no Sporting. É uma mescla de sentimentos, mas um orgulho grande de ter saído do meu pais e ter encontrado um clube que me acolheu e me deu todas as condições para trabalhar”, disse na sua despedida.
Anderson Polga, de 33 anos, foi campeão do Mundo em 2002 e chegou ao Sporting na temporada 2003/2004, onde permaneceu ao longo de nove temporadas, tendo realizado 327 jogos oficiais e mais de 28 mil minutos.
Ao serviço do clube, o defesa, que estava em final de contrato, venceu duas Taças de Portugal, duas Supertaças e foi finalista vencido da Taça UEFA.
Com o técnico Sá Pinto na sala, junto aos dirigentes Luís Duque e Carlos Freitas, Polga disse que passou mais momentos felizes que tristes no clube, garantindo que deixa o Sporting de cabeça erguida e consciente que deu sempre o seu melhor.
“Os momentos difíceis são normais. Saio de cabeça erguida, pois cada dia que vinha trabalhar era com o objectivo de dar o meu melhor e ajudar o clube a vencer. É difícil sair do seu país, trabalhar com tantos treinadores ao longo destes anos e continuar a ser útil”, disse.
O defesa referiu que a sua principal mágoa é a de não ter conquistado o título com a camisola do Sporting, mas garante que a partir de agora será um adepto do clube.
“É o desejo de todos e do próprio clube. Tivemos oportunidades de ser campeões, mais que uma vez, mas não foi possível. Era um objectivo meu e de outros jogadores e fico agora a torcer e a acompanhar para que isso seja possível”, afirmou.
Anderson Polga lembrou o seu último jogo com a camisola do Sporting, a derrota na final da Taça de Portugal com a Académica (0-1), referindo que a equipa não esteve ao nível que vinha a habituar os adeptos.
“Sentia que todos queríamos muito esta conquista, é a mais recente e ainda custa. Nesse jogo não fomos o que tínhamos sido nas últimas partidas e para quem aqui fica, serve para aprender”, defendeu.
Sobre o seu futuro, o central brasileiro garantiu que vai continuar a jogar, mas não revelou qual será o seu destino.
“Vou continuar a jogar e agora vou pensar, ainda tenho tempo. Não tenho destino certo, há no Brasil e na Europa mas nada é certo, vou analisar. Em Portugal não há nada”, garantiu.
A terminar, e depois de ter sido homenageado pelo técnico Sá Pinto e pelos dirigentes, Anderson Polga dirigiu as últimas palavras para os adeptos do Sporting.
“Em todos os momentos vesti a camisola com orgulho, vontade de vencer e determinação. Sou sportinguista de coração, vou acompanhar e vibrar com as vitórias. O Sporting e Portugal fazem parte da minha vida e não vou esquecer nunca”, concluiu.