Ahmadinejad vai à China discutir programa nuclear

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Mahmoud Ahmadinejad Foto: Caren Firouz/Reuters

O Presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, vai deslocar-se em Junho à China, onde vai estar presente numa reunião regional de segurança, para discutir com o seu homólogo chinês, Hu Jintao, o programa nuclear iraniano.

Ahmadinejad vai estar presente numa reunião da Organização de Cooperação de Xangai, organizada por Pequim no próximo mês, disse nesta quarta-feira aos jornalistas o vice-ministro chinês das Relações Exteriores, Cheng Guoping, citado pela Reuters.

A Organização de Cooperação de Xangai é um fórum de segurança regional que reúne a China, a Rússia, o Cazaquistão, a Quirguízia, o Tajiquistão e o Uzbequistão – o Irão vai assistir como observador.

"Certamente, durante a sua reunião com o Presidente Hu, o tema do nuclear iraniano será uma parte importante das conversações", afirmou o vice-ministro chinês, em conferência de imprensa.

A visita de Ahmadinejad à China adquire especial importância já que Pequim é membro permanente, com direito de veto, do Conselho de Segurança das Nações Unidas e resistiu aos pedidos dos Estados Unidos para aplicar sanções ao Irão.

Acordo próximo, negociações em Bagdad

A Agência Internacional de Energia Atómica e Teerão estão perto de um acordo sobre o programa nuclear do Irão, anunciou nesta terça-feira o director-geral daquela agência, Yukiya Amano, no regresso de uma visita à capital iraniana para dialogar com Saeed Jalili, chefe dos negociadores iranianos para a questão nuclear. O anúncio, no entanto, foi recebido com cepticismo em Israel e Washington.

Na véspera da reabertura de negociações nesta quarta-feira na capital do Iraque com o Grupo dos Seis, Amano acrescentou que o acordo deverá ser assinado "em breve", apesar de persistirem diferenças "nalguns pormenores". Mas "as diferenças não são um obstáculo", terá dito Jalili. "O importante é que tive a oportunidade de conversar directamente com os dirigentes iranianos e que agora nos compreendemos melhor", concluiu Amano.

Não se conhecem ainda grandes pormenores sobre o acordo, que deverá facilitar o trabalho de investigação sobre as actividades nucleares do Irão, que a República Islâmica nega terem aplicações militares.

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