Cadilhe: Teixeira dos Santos e Constâncio “enganaram” portugueses ao justificar nacionalização com risco sistémico

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Miguel Cadilhe relembra que BPN tinha uma quota de 2% Foto: Sara Matos/Arquivo

O ex-ministro das Finanças Teixeira dos Santos e o ex-Governador do Banco de Portugal Vítor Constâncio “enganaram” os portugueses quando justificaram a nacionalização do BPN com o risco sistémico, considerou hoje o ex-presidente do banco, Miguel Cadilhe.

“O ministro das Finanças e o Governador enganaram o país a 2 de Novembro de 2008 quando, em conferência de imprensa, argumentaram com o risco sistémico”, disse hoje no parlamento o presidente da BPN/SLN ao tempo da nacionalização.

Para Miguel Cadilhe, estes dois responsáveis não podiam ter invocado o argumento de que o BPN poderia provocar o colapso do sistema financeiro português quando o banco tinha uma quota de mercado de apenas 2%.

“O risco sistémico é uma das partes mais infelizes do argumentário da nacionalização [do BPN]”, sublinhou.

Para Cadilhe, o que as autoridades deveriam ter decidido era a “assistência de liquidez sem limite” de modo a permitir a reestruturação do banco, ao mesmo tempo que se apuravam responsabilidades.

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