Jovem lança petição contra uso de Photoshop em revistas de adolescentes

Adolescente, com o apoio da mãe, avançou para uma petição pública que tem como alvo a conhecida revista "Seventeen" — um sucesso de vendas entre os jovens americanos

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A adolescente manifestou-se em Nova Iorque em frente à sede da revista b>DR

Pele da cara livre de acne, nem demasiado morena, nem demasiado branca, e um corpo delineado na perfeição. Uma adolescente norte-americana cansou-se de ver nas revistas imagens com as quais não se identificava e lançou uma petição online que pretende obrigar as publicações destinadas a adolescentes a deixar de utilizar tantas imagens manipuladas em Photoshop. Julie Bluhm, 14 anos, passou a ícone da luta por imagens mais reais nas revistas em poucos dias.

A jovem norte-americana fartou-se de ver fotografias de raparigas da sua idade que correspondiam a estereótipos que considera inalcançáveis e que eram motivo de conversa nas aulas de "ballet", onde as suas companheiras se criticavam mutuamente enquanto se comparavam com as revistas. 

Bluhm decidiu então tentar pôr um ponto final nesta distorção da realidade. “Olho para as imagens que publicam e não encontro essas mulheres a andar pelas ruas”, afirmou numa entrevista ao "New York Times". 

A adolescente, com o apoio da mãe, avançou para uma petição pública no change.org intitulada “Give Girls Images of Real Girls” e que tem como alvo a conhecida revista "Seventeen" – um sucesso de vendas entre os jovens americanos. A acção contou também com o apoio do movimento Spark, uma organização que luta contra a sexualização das mulheres e jovens nos meios de comunicação e que colabora com mais de 60 instituições nos Estados Unidos. 

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“Give Girls Images of Real Girls” change.org

Na petição, que já conta com mais de 50 mil assinaturas, Julie Bluhm pede que a revista “assuma o compromisso de não alterar, pelo menos, uma imagem por mês”. Mas foi ainda mais longe: na passada quinta-feira viajou até Nova Iorque com a sua mãe e manifestou-se com um grupo de adolescentes frente à sede da "Seventeen".

No protesto, o grupo simulou uma sessão fotográfica com calças de ganga velhas e casacos comuns e empunhou cartazes onde se lia “onde estão as raparigas como eu?” Porém, o apoio que a petição conseguiu parece não ter surtido qualquer efeito.

A "Seventeen" felicitou Julie por “ser tão apaixonada a lutar por aquilo em que acredita” mas assegura que sempre contou com “jovens reais” e que utilizam produções com pessoas de diferentes “tamanhos, cores de pele e origens étnicas”.

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