Rescisão colectiva na União de Leiria

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Joaquim Evangelista alerta para outros casos de salários em atraso no futebol português Nuno Ferreira Santos/PÚBLICO (Arquivo)

A União de Leiria já não vai defrontar o Feirense este domingo para a Liga. Esta é a consequência imediata da rescisão colectiva de contrato dos jogadores do plantel profissional, alegando justa causa, por incumprimento salarial.

Um desfecho inevitável para o presidente do Sindicato dos Jogadores, face ao comportamento dos responsáveis do clube e da própria Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) neste processo. Joaquim Evangelista alertou também para a existência de “casos mais graves” no futebol português.

“Lamento que aqueles que têm responsabilidades continuem a falar de questões menores, como o alargamento dos quadros competitivos [para a próxima temporada], quando 80 por cento dos jogadores não recebem atempadamente os salários. O presidente da Liga [Mário Figueiredo] teve oportunidade de ajudar, não venha agora com o argumento de que iria beneficiar um clube em relação aos outros”, criticou esta sexta-feira o líder sindical, referindo o exemplo espanhol, onde os responsáveis pelo futebol profissional encontraram soluções para resolver este tipo de problemas sem afectar a competição: “Ao demitir-se da sua responsabilidade, sem uma palavra e sem capacidade de intervenção, o presidente da Liga teve um esforço insuficiente.”

Acusações na sequência de uma reunião infrutífera de várias horas, na última quinta-feira, entre Evangelista, Mário Figueiredo e João Bartolomeu, presidente interino da Sociedade Anónima Desportiva (SAD) leiriense. A proposta apresentada aos jogadores (que têm entre três e cinco meses de ordenados em atraso) foi considerada “insuficiente”.

“Há situações mais graves, mas o Sindicato só responde quando é chamado. Foi chamado pelos jogadores da União e do Leixões”, justificou Evangelista.

Para além do Feirense, a União de Leiria deverá igualmente falhar os jogos com o Benfica, na Luz, e com Nacional, em casa.

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