Zaask é um site onde os "freelancers" podem ser contratados

Plataforma ainda não está operacional, mas já está a recolher currículos dos "taskers". Lançamento do site previsto para Maio

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Imagina alguém que, além de saber fazer formidáveis ilustrações, adora animais e tem jeito para cuidar de crianças. Imagina agora que esta pessoa está sem trabalho e que, enquanto não encontra emprego, podia estar a desenhar convites de casamento, passear cães ou fazer pinturas faciais em festas infantis. O que o novo site Zaask propõe é precisamente pôr esses "freelancers" talentosos em contacto com clientes que precisem dos seus serviços.

O Zaask ainda não está operacional, mas já está a recolher currículos dos tarefeiros — os "taskers", nome que a plataforma Zaask utiliza para designar "pessoas talentosas que querem trabalhar por conta própria". Por enquanto, o Zaask está a alimentar a sua base de dados, devendo ser lançado na primeira semana de Maio, mas só para um grupo seleccionado. Prometem, segundo o site, que "os 'taskers' podem ganhar 2000 euros por mês".

Parecem ser boas notícias para um país em que se vive o drama da falta de trabalho. Criado por Luís Martins, 33 anos, o Zaask pode ser definido uma comunidade online de "freelancers" talentosos. No portal, os "askers" anunciam o tipo de trabalho de que estão a precisar, os "taskers" aparecem em jeito de “seja feita a sua vontade”. Para a procura, há oferta e para a oferta, há procura. Em cada transacção, os mentores do projecto ficam com uma comissão que varia entre os 3% a 12%, cobrada ao "tasker".

Criado por empreendedor de 33 anos

Luís Martins, formado em Economia pela Universidade Católica Portuguesa, não amordaçou o espírito empreendedor que diz ter e já se lançou noutros negócios anteriores a este. Foram tentativas que não correram mal, pelo contrário, mas não o “preenchiam”. Não está sozinho — acompanham-no mais duas pessoas em tempo inteiro e uma em tempo parcial.

O Zaask foi lançado no 6 de Abril. Até agora já reuniu cerca de três mil registos, o que parece mostrar que, no mercado, havia esta necessidade. Quando começaram, a intenção seria a de angariar mais "taskers", mas acabaram por se inscrever mais "askers" o que, de acordo com o Luís, “é um bom indicador de que as pessoas precisam deste serviço”.

A par com a intenção de colmatar “a falta de tempo de umas pessoas, que pode ser compensada pelo excesso de tempo de outras”, como nos explica, há também a vontade de levar as pessoas a encontrar um escape para uma área em que sempre quiseram desempenhar um serviço, mas que, por um ou outro motivo, nunca lhes foi possível. Prova disso é a insólita candidatura de um arquitecto que se ofereceu como cozinheiro.

Porém, nada é feito ao acaso. Há a preocupação de lidar minuciosamente com o processo de recrutamento e de avaliar currículos para que a quantidade seja tão significativa como a qualidade. E por falar em qualidade, há um sistema de meritocracia baseado nas avaliações que cada desempenho recebe quando cumprido. Quanto melhor forem a desempenhar a missão a que se propuserem, maior será a probabilidade de voltarem a ser escolhidos e mais motivados estarão.

Para os que possam ter dúvidas quanto à segurança de todo este processo, importa referir que o fluxo do site se processa no sentido de evitar quaisquer problemas. É uma corda esticada, sem nós, e que funciona de forma simples. No início da corda, estão as pessoas que vão ao site e descrevem aquilo que querem.

Essa informação é disparada para os "taskers" dessa especialidade e depois surgem as propostas que passam pelo tal processo de avaliação. O criador da ideia sublinha, referindo-se ao pagamento, que o “dinheiro fica bloqueado numa conta até ao fim da tarefa”.

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