Redes sociais: o Google + reposicionou-se

A Google renovou os seus serviços. O Facebook, o seu concorrente mais directo, devia espreitar a maneira como "Hangout", "Explore" e a actualização de "Photos" dão mais acção à rede

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KIMIHIRO HOSHINO/AFP

As fragilidades do Facebook estavam à mostra. O menu que a maior rede social oferece aos utilizadores não tem grande impacto, parece estático e, pior que tudo, irrelevante. Não faz sentido manter os mesmos itens para membros activos ou inactivos, "gamers" ou reformados.

 

Portanto, para começar, a Google criou um menu imprescindível para usar a sua rede social. À esquerda da página principal é-nos apresentada uma barra com diversos ícones que podemos colocar por ordem de preferência ou substituir por aqueles que são realmente úteis para nós.

 

A Google também inovou nos serviços. Um deles é o Explore, que nos apresenta conteúdos que não estão nos nossos "circles" e que representa o conjunto de "posts" com mais "shares" e "views" na comunidade.

 

Outro destaque vai para a secção Photos. Merece a nossa atenção o facto de agora podermos aceder aos álbuns de fotografias que, sem aviso, deixaram de estar apenas no nosso telemóvel e que passaram a estar também em "cloud". Apesar de ser reversível, ninguém pediu esta facilidade e parece que poucos parecem dispostos a gerir as suas fotos e vídeos pessoais através de uma rede social.

 

Mas aquela que parece ser a grande aposta apresenta-se como Hangout. Também não é uma novidade desta versão mas ganhou importância. Este serviço leva-nos para um espaço onde conseguimos fazer vídeo-chamadas entre conhecidos e desconhecidos, dependendo dos "circles" que definimos. Os Hangouts em modo público (com pessoas que não estão nos nossos círculos) têm prendido a atenção dos utilizadores. Quem escolher esta modalidade terá experiências semelhantes ao "chatroulette", mas com mais pessoas em conversação simultânea.

 

Redes: lúdicas e profissionais

Há alguns dias, os candidatos republicanos às eleições dos EUA conversaram neste sistema com os seus eleitores. Seja no Google + ou no Facebook, podemos prever que não faltará muito até que cantores, desportistas e marcas acompanhem a tendência e comecem a falar com os fãs em Hangout.

 

Mas estas vídeo-conferências também podem ser sérias e já podemos prever as suas potencialidades. Com a ajuda do Youtube podemos ver filmes em em grupo e trabalhar, colaborativamente, editando documentos no Google Docs.

 

Algumas destas actividades já estavam disponíveis em serviços independentes, mas a Google quis mostrar que as redes sociais podem ser simultaneamente lúdicas e profissionais.

 

Entre outras coisas, o Google + precisava de uma nova imagem e novas funcionalidades. Reposicionou-se no mercado e parece que deixou de ser uma rede social aborrecida.


Em suma, esta rede social não traz grandes novidades, mas traz grandes apostas, e desta vez, à excepção da sincronização automática de fotografias, aquelas agradaram a muita gente.

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