Bento XVI condena violência na Nigéria

O Papa Bento XVI usou ontem a sua mensagem pascal urbi et orbi ("à cidade e ao mundo") para pedir "paz e a estabilidade" no Mali e condenar os "ataques terroristas sangrentos" na Nigéria que visam igrejas cristãs. O Sumo Pontífice apelou ainda ao fim do "derramamento de sangue" na Síria

Poucas horas depois das palavras de Bento XVI, a explosão de um carro armadilhado nas imediações de uma igreja onde se celebrava a missa da Páscoa fez pelo menos 20 mortos e 30 feridos na cidade de Kaduna, no Norte da Nigéria.

"Na Nigéria que a alegria pascal dê a energia necessária à reconstrução de uma sociedade pacífica e respeitosa da liberdade religiosa dos seus cidadãos", tinha desejado o Papa.

Na sua mensagem a partir da Basílica de São Pedro, Bento XVI pediu igualmente a Cristo que não se esqueça do Mali, "que atravessa um delicado momento político", e que lhe traga "paz e estabilidade".

O Papa apelou também ao fim do "derramamento de sangue" na Síria, onde uma revolta popular tem sido duramente reprimida pelo regime de Bashar al-Assad.

O Sumo Pontífice aproveitou ainda a sua mensagem pascal para condenar as "discriminações e perseguições cristãs" que ocorrem um pouco por todo o mundo, nomeadamente no Médio Oriente.

"Cristo é esperança e conforto, particularmente para as comunidades cristãs que são mais afectadas pelas discriminações e pelas perseguições por causa da sua fé", declarou, referindo-se à violência contra as minorias cristãs na região onde nasceu o Cristianismo.

O Vaticano anunciou ontem que Bento XVI vai visitar o Líbano em Setembro, para uma "exortação apostólica" aos bispos de todo o Médio Oriente em crise. No Líbano, as diversas comunidades religiosas coexistem há séculos e os cristãos representam 35% da população.

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