iPad 3: o que há de novo?

Tem sido lançado um novo iPad por ano, o que demonstra que o produto tem procura quanto baste. No passado dia 16 de Março saiu a terceira geração destes aparelhos. Mas que novidades nos reservou a Apple desta vez?

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Reuters

Steve Jobs sentiu que existia ainda algum espaço entre o que os "smartphones" e os portáteis faziam e criou o iPad, até ver, o fenómeno dos anos 10. Mas infelizmente, para além do "touch screen" e da proximidade do utilizador com a máquina, não há nada que os "tablets" façam que um portátil comum não consiga fazer.

Tem sido lançado um novo iPad por ano, o que demonstra que o produto tem procura quanto baste. No passado dia 16 de Março saiu a terceira geração destes aparelhos. Mas que novidades nos reservou a Apple desta vez?

O iPad vem equipado com uma câmara de 5MP e não surpreende pelo óbvio. Já conhecemos muitos telemóveis com dois anos ou mais e que até têm câmaras superiores. Mas para a Apple “é tudo uma questão de lentes”.

Ao contrário do que foi inicialmente anunciado, o "gadget" não poderá ser usado em 4G na Europa devido a incompatibilidades de frequências. Este problema não é irrelevante porque quase enganava os consumidores europeus. Houve também uma (obrigatória) melhoria no processador.

Mas salve-se o trunfo do novo iPad — o ecrã “retina” que, segundo a empresa, para além de “dar nas vistas” até supera os televisores HD.


De qualquer forma não foi suficiente para evitar os múltiplos relatos de utilizadores desiludidos porque não conseguem distinguir o antigo iPad do novo.

Por tudo isto, não é de estranhar que alguns utilizadores não aceitem as expressões “visivelmente potente” ou “brilhante em todos os sentidos” com que a Apple tem elogiado a sua novidade.

Mas para os que dizem que o iPad é mais que o aparelho em si e que também vale pelos seus serviços, nomeadamente a App Store, devemos lembrar que nada realmente inovador ou interessante foi criado.

Mesmo sem novidades ninguém duvida da qualidade final do aparelho. Precisamente por isso não está em causa aquilo que já foi conseguido com o primeiro iPad, por exemplo, o facto de podermos “tocar nas fotografias, nos livros e até mesmo tocar piano”.

A questão mais importante coloca-se ao nível da ética. Sobretudo por não ser uma prática exclusiva, será justo vender a mesma fórmula, com nuances quase sempre ligeiras, vezes sem conta?

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