Arqueólogos querem ter o seu próprio sindicato

Pretende-se que a nova estrutura represente também desenhadores de arqueologia, antropólogos e conservadores

Um grupo de profissionais ligados à arqueologia está a tentar constituir um sindicato que defenda "melhores condições de trabalho" no país, afirmou à Lusa Ana Mesquita, uma das fundadoras do Grupo de Trabalho Pró-Sindicato em Arqueologia.

Realizou-se já no passado fim- -de-semana, em Lisboa, uma assembleia constituinte com a presença de cerca de uma centena de profissionais ligados ao sector, na qual foram aprovados os estatutos, informa ainda Ana Mesquita.

Os organizadores pretendem criar o Starq- Sindicato dos Trabalhadores de Arqueologia, que abrangerá não só arqueólogos, mas também desenhadores de arqueologia, antropólogos físicos e conservadores restauradores.

Contrariando a ideia de que "os sindicatos estão fora de moda", o objectivo, diz Ana Mesquita, é defender estes profissionais. Os principais problemas que os afectam, acrescenta, prendem-se com a precariedade no trabalho, dificuldades no acesso à profissão, problemas de saúde, higiene e segurança, desgaste na profissão e atrasos no pagamento de salários.

"Queremos criar o sindicato para lutar por melhores condições de trabalho", disse Ana Mesquita. O processo de constituição irá agora seguir as formalidades necessárias e o novo sindicato deverá ser legalizado "a curto prazo".

Questionada sobre o número de profissionais que o sindicato poderia representar, Ana Mesquita disse ser difícil de calcular, já que as próprias entidades estatais têm poucos números. Ana Mesquita assegura que as duas maiores associações ligadas à arqueologia que existem no país - a APA (Associação Profissional de Arqueólogos) e a AAP (Associação de Arqueólogos Portugueses) - têm colaborado activamente neste processo.

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