Nova descoberta de gás natural em Moçambique pelo consórcio da Galp

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Galp tem 10% do consórcio de exploração na bacia de Rovuma Paulo Ricca

A Galp Energia, que integra em Moçambique um consórcio de exploração de gás natural na bacia de Rovuma, anunciou hoje uma nova descoberta de “grande dimensão” ao largo da costa de Cabo Delgado.

O poço descoberto, baptizado Mamba North East-1, aumenta o potencial estimado de gás natural neste complexo explorado com a italiana ENI, a sul-coreana KOGAS e a moçambicana ENH para, pelo menos, 40 biliões (milhões de milhões) de pés cúbicos.

O reservatório localiza-se a uma profundidade de água de 4560 metros, a 50 quilómetros da costa de Cabo Delgado, e a cerca de 15 quilómetros a Nordeste do poço Mamba South-1 (anunciado em Outubro e que integra o mesmo consórcio de exploração na bacia moçambicana) e a 12 quilómetros a Sudoeste do Mamba North-1 (anunciado em Fevereiro pela Galp).

O consórcio – no qual a Galp tem uma participação minoritária (de 10%) – prevê perfurar, durante este ano, mais quatro poços “em estruturas próximas, de modo a inferir o potencial adicional de recursos no complexo Mamba”, explica a Galp em comunicado.

A exploração é liderada pela ENI, um dos accionistas de referência da Galp, e que detém 70% do capital do consórcio. As outras duas parceiras (coreana e moçambicana) detêm em partes iguais os restantes 20% do capital do consórcio.

Para a Galp, com a exploração da bacia do Rovuma, Moçambique passou a representar uma dimensão estratégica, sublinhada há meses pelo presidente Manuel Ferreira de Oliveira, quando foi anunciada o potencial do poço Mamba South-1.

Com o Brasil e Angola, o país será um dos pilares da petrolífera portuguesa, que desenvolve mais de metade da actividade fora de Portugal. A presença da Galp em Moçambique representa não só mais capacidade futura de abastecimento do mercado interno, como até eventualmente de exportação de gás natural para os países asiáticos.

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