Trabalhadores da Imprensa Nacional Casa da Moeda aprovaram moção contra cortes salariais

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Casa da Moeda está obrigada a manter cortes salariais e a eliminar subsídios Joana Bourgard

Os trabalhadores da Imprensa Nacional Casa da Moeda, hoje reunidos em plenário, aprovaram por unanimidade uma moção contra os cortes salariais e a suspensão dos subsídios de férias e de Natal.

O plenário, que decorreu frente às instalações da Casa da Moeda, em Lisboa, contou com a presença de 150 funcionários que acusam o Governo de “atacar os direitos dos trabalhadores e de favorecer o capital”, disse à Lusa o porta-voz da Comissão de Trabalhadores (CT), Altamiro Dias.

Reivindicam, por isso, “a manutenção dos direitos previstos no Regulamento dos Serviços Sociais, a aplicação do regime de faltas da Administração Pública, na assistência à família, nas consultas médicas e exames auxiliares de diagnóstico e a defesa dos direitos previstos no Acordo de Empresa”, nomeadamente, o direito à negociação colectiva.

“Repudiamos os cortes e congelamento salariais, e os roubos dos subsídios de férias e de Natal, por orientação do Governo”, afirmou o porta-voz, insurgindo-se contra a suspensão da distribuição dos lucros da empresa pelos trabalhadores, à semelhança do que acontecia até 2009. Até esse momento, lembrou, “dez por cento dos lucros eram distribuídos pelos trabalhadores, 20 por cento eram dirigidos a investimentos e 70 por cento eram entregues ao Estado”.

Altamiro Dias fez ainda saber que o último aumento salarial foi em 2009, na ordem dos 1,4 por cento e que os 680 trabalhadores têm os seus salários congelados desde 2010.

De acordo com o responsável, os trabalhadores estão também contra a revisão do Código do Trabalho que “facilita os despedimentos, diminui as indemnizações, diminui o prazo e o valor do subsídio de desemprego, retira feriados, aumenta o custo das taxas moderadoras na saúde e aumenta o custo dos transportes”.

Admitem, por isso, aderir à greve geral da próxima quinta-feira, acrescentou Altamiro Dias.

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