Executivos da Chevron impedidos de sair do Brasil depois de nova poluição

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Plataforma petrolífera da Chevron na Bacia de Campos Márcia Foletto/AFP

Dezassete executivos da Chevron e da Transocean estão impedidos de sair do Brasil sem autorização, numa altura em que a Justiça brasileira vai instaurar um processo criminal depois de uma nova fuga na Bacia de Campos.

A Chevron identificou, na semana passada, uma fuga que diz ser mínima (cinco litros) mas que as autoridades brasileiras acreditam ser muito mais. A Marinha brasileira informou no sábado que a mancha tem cerca de um quilómetro de extensão.

Segundo o jornal O Globo, a polícia federal já foi accionada e os 17 envolvidos terão de entregar “oportunamente” os seus passaportes. A medida justifica-se com a investigação a decorrer para apurar responsabilidades num possível crime contra o Ambiente. Esta fuga, identificada a 4 de Março, fica perto de uma outra, ocorrida a 9 de Novembro de 2011, ambas na Bacia de Campos. A poluição de Novembro lançou para as águas do Atlântico o equivalente a 3000 barris de petróleo.

Na sexta-feira, a Chevron anunciou a suspensão de toda a sua actividade petrolífera no Brasil, para apurar as causas da fuga. No mesmo dia, o procurador da República Eduardo Santos de Oliveira anunciou que vai indiciar criminalmente os envolvidos nos dois derrames, ocorridos no espaço de quatro meses.

Noutra frente, o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) notificou a petrolífera e exigiu que, até terça-feira, esta explique com detalhe o que fez para conter o problema ambiental, noticiou ainda o jornal O Globo. Este instituto – que está a investigar a origem da fuga - diz ter recebido um comunicado da Chevron, a 13 de Março, onde o informava da identificação de “três pontos de afloramento localizados a 3000 metros a leste do poço onde ocorreu o vazamento em Novembro de 2011”.

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