Nacional acertou mais vezes na baliza mas só o FC Porto conseguiu marcar

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Foto: Gregório Cunha/AFP

O FC Porto parece ter aprendido meia lição na sequência do empate com a Académica. Era preciso entrar no jogo a mandar, com intensidade e pôr o adversário em sentido logo desde os primeiros minutos. Frente ao Nacional, foi mais ou menos isso que aconteceu. A diferença é que, desta vez, os “dragões” se apagaram no segundo tempo, sem que, com isso, tenham comprometido uma vitória importante na Madeira (2-0) e a liderança da Liga.

Moreno dificilmente irá esquecer-se daquele lance em que recuou até ao lado direito da grande área do Nacional e tentou bater a bola para a frente. Acertou em Álvaro Pereira, a bola ressaltou para Marc Janko e o FC Porto inaugurou o marcador, aos 21’. Um golo caricato que permitiu ao campeão nacional gerir a primeira parte sem grandes sobressaltos.

Não havia Hulk nem Fernando, saltaram Cristián Rodríguez e Defour para a titularidade. E nenhum dos dois esteve à altura do desafio. O uruguaio desaproveitou os poucos lances em que conseguiu desequilibrar, o belga não é tão omnipresente como Fernando. Mas quem tem um médio com a categoria de João Moutinho arrisca-se a nem precisar que Lucho dê um ar da sua graça. O todo-o-terreno português foi assegurando os equilíbrios no meio-campo do FC Porto e inventando espaços no do adversário.

O Nacional, que até dispôs da primeira ocasião de golo (aos 3’, Pecnik, na área, rematou para as mãos de Helton), praticamente só explorava as alas, já que Diego Barcelos jogava muito recuado. Rolando, pelo contrário, de vez em quando tentava a sua sorte e só não marcou a meio da primeira parte porque tentou um pontapé acrobático em vez de controlar a bola.

O mesmo problema teve Janko aos 47’, quando recebeu a bola demasiado para a frente (após excelente assistência de Defour) e rematou já na cara de Vladan para uma defesa vistosa. Antes, já James tinha experimentado a meia distância. A reentrada do FC Porto no jogo prometia. Mas foi sol de pouca dura.

Pedro Caixinha trocou Pecnik por Mihelic e o Nacional assumiu o controlo do meio-campo. Diego Barcelos também ganhou mais liberdade e Candeias e Mateus lucraram com um companheiro à altura no centro do terreno. Resultado? Investidas pela esquerda e pela direita, remates q.b. de Mateus (52’, 68’, 75’, 79’, 89’) e Rondón (69’, 74’), que só não passaram a linha de golo porque Helton esteve sempre à altura.

O FC Porto tinha-se evaporado do jogo e só reapareceu quando Vítor Pereira substituiu o desaparecido em combate Cristián Rodríguez por Alex Sandro. Missão prioritária: travar Candeias. O lateral brasileiro até começou mal, com um cartão amarelo, mas acabou bem, com um golo, na recarga a um remate de James, aos 90+4’, nove minutos depois de Rolando e Maicon terem acertado duplamente na trave.

Os 10 remates (21 no total) dos visitantes à baliza valeram mais do que os 12 (16) dos anfitriões e chegaram para segurar a 17.ª vitória do campeão nacional, que, pelo menos até à próxima jornada, não precisa de se preocupar com a concorrência.

Notícia actualizada às 22h32
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