PS diz que declarações de Passos são impróprias para “um primeiro-ministro”

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Zorrinho nãs gostou das palavras de Passos Coelho Daniel Rocha

PS, PCP e BE reagiram de forma crítica ao pedido do primeiro-ministro aos portugueses para serem menos piegas.

“Não é próprio de um primeiro-ministro de um país europeu chamar piegas ao seu povo.” Foi assim que o PS, através do líder parlamentar Carlos Zorrinho, reagiu ao discurso de Passos Coelho que pediu aos portugueses para serem "menos piegas", "mais exigentes" e "menos complacentes" a propósito da contestação à decisão de não conceder tolerância de ponto no Carnaval.

Para Zorrinho, o social-democrata teve mais um “dia infeliz”, revelando-se um líder que “não tem encontrado a capacidade para mobilizar o seu povo”. Mais um episódio entre outros, resumiu, protagonizado pelo primeiro-ministro para “marcar e flagelar os portugueses”.

“São muitos erros seguidos, primeiro o emigrar foi mal interpretado, depois o custe o que custar foi mal interpretado, agora o piegas foi mal interpretado. São más interpretações a mais para um primeiro-ministro”, acrescentou

Da parte do PCP, a intervenção foi vista como a prova do “incómodo que [Passos Coelho] tem por as pessoas reagirem às suas políticas”.Palavras do dirigente Jorge Cordeiro, que prometeu a “resposta adequada” dos portugueses no sábado, na manifestação agendada para o Terreiro do Paço pela CGTP.

Também o bloquista Francisco Louçã reagiu ao discurso para o considerar um insulto. Um primeiro-ministro que faz tanto mal tão depressa a tanta gente neste país não se pode permitir esta ofensa gratuita", disse o coordenador do BE.

O PSD respondeu às críticas acusando a oposição de “tentar criar casos políticos”. E “num momento em que o país está tentar ultrapassar as suas debilidades”, disse Carlos Abreu Amorim apontado directamente o dedo ao líder parlamentar do PS, um “partido responsabilidades particulares” no esforço de recuperação económica.

Notícia alterada às 17h15. Substituída notícia da Lusa por notícia do PÚBLICO
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