Sete detidos por poluição grave na China
Todos os detidos são altos responsáveis de fábricas químicas de Guangxi Zhuang, disse um dirigente do departamento regional de protecção do Ambiente, Feng Zhennian, à agência de notícias Xinhua. A identidade dos detidos não foi divulgada.
A crise ambiental começou há duas semanas, quando centenas de peixes mortos foram encontrados no rio Longjiang, um afluente do Liujiang. Amostras à água, a 15 de Janeiro, revelaram níveis de cádmio mais elevados do que os considerados seguros. A concentração de cádmio perto do reservatório de Lalang era 80 vezes superior ao limite oficial de 0.005 miligramas por litro, disse Feng.
Desde 20 de Janeiro já foram libertadas em seis locais ao longo do rio Longjiang 3000 toneladas métricas de substâncias para neutralizar o cádmio, feitas de cloreto de alumínio dissolvido. Mas nesat terça-feira, a agência China Daily alerta que as autoridades estão a ficar sem essa substância. No domingo, as autoridades de Hechi tinham em reserva apenas 256 toneladas métricas.
A escassez desta substância coloca um desafio na luta contra a poluição – que abrange um troço do rio com cerca de cem quilómetros de extensão – e ameaça as reservas de água da cidade de Liuzhou, mais a jusante, com 3,7 milhões de habitantes, segundo a agência Xinhua.
Como medida de prevenção está suspensa a produção em sete fábricas do sector da metalurgia ao longo do rio. Desde 24 de Janeiro, uma equipa está a avaliar 13 grandes fábricas químicas em Hechi quanto ao seu potencial de fontes de poluição.
O cádmio é um metal pesado tóxico usado em baterias e em algumas tintas industriais, por exemplo. A exposição ao cádmio afecta o sistema respiratório, fígado e rins e pode causar a morte.
A poluição está a causar uma corrida à água engarrafada em Liuzhou.