Juncker diz que vigilância europeia do orçamento grego é inaceitável
Já o primeiro-ministro sueco, Fredrik Reinfeldt, não rejeitou o plano alemão. “A Grécia não está a corresponder às reformas e é por isso que estamos a ter esta discussão. É compreensível”, afirmou.
O jornal Financial Times noticiou no sábado que a Alemanha propôs que Atenas permita a uma autoridade orçamental vigiar o orçamento, incluindo as decisões sobre impostos e despesa pública.
O governo alemão confirmou já a existência de propostas para nomear um comissário europeu que controle o orçamento da Grécia, sublinhando que os respectivos debates “estão ainda a um nível de trabalho abstracto”, no âmbito do Eurogrupo.
“Há um país onde a aplicação do programa de ajustamento financeiro está a decorrer com dificuldades, que é a Grécia, e o objectivo é ver o que se deve fazer se a situação se prolongar durante muito tempo”, disse o porta-voz do Ministério das Finanças alemão, Martin Kotthaus.
“Trata-se de exercer um maior controlo e uma maior supervisão orçamental” sobre a aplicação dos programas de ajustamento negociados por Atenas com a União Europeia e o Fundo Monetário Internacional (FMI), em troca do empréstimo de 110 mil milhões de euros concedido em 2010, esclareceu o mesmo responsável.
As notícias sobre a eventual nomeação de um comissário europeu para fiscalizar as contas gregas provocou duras reacções de protesto do governo de Atenas.
“Quem põe um povo perante um dilema entre a ajuda financeira e a dignidade nacional, ignora as lições históricas fundamentais”, advertiu o ministro das Finanças grego, Evangelos Venizelos.