Rede Ex Aequo pede estatuto do aluno que castigue comportamentos homofóbicos

A rede Ex Aequo - Associação de Jovens Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transgéneros e Simpatizantes pediu nesta sexta-feira ao ministro da Educação que na revisão do estatuto do aluno consagre procedimentos disciplinares por discriminação com base na orientação sexual.

Numa carta aberta a Nuno Crato, a que a agência Lusa teve acesso, a rede Ex Aequo alude a um estudo recente, segundo o qual 42% dos alunos inquiridos disseram já terem sido intimidados, insultados ou agredidos na escola por serem homossexuais ou bissexuais ou por serem vistos como tal.

O estudo, resultado de uma parceria entre a rede Ex Aequo e o Instituto Universitário de Lisboa, mostrou ainda que 67% dos jovens inquiridos declararam já ter visto outras pessoas serem vítimas de “bullying” homofóbico, sendo que 40% das vítimas foram alunos que são ou podiam ser homossexuais ou bissexuais.

“Concluiu-se, pois, que a discriminação com base na orientação sexual está presente nas escolas portuguesas, o que nos remete novamente para a urgência de criar medidas de protecção contra a homo/transfobia e o ‘bullying’ homofóbico e transfóbico em ambiente escolar em Portugal”, assinala a rede na sua carta aberta.

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